terça-feira, 14 de agosto de 2012

Eleitores simulam o voto biométrico em São João Batista

foto:Carlos Kilian


Dezoito eleitores atenderam o convite do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e participaram da eleição simulada com urnas biométricas em São João Batista realizada dia 11. De acordo com Rosiane de Souza, chefe do Cartório da 53ª Zona Eleitoral, os 1.516 eleitores das sessões localizadas na escola Catarina Deschamps Steffen, no bairro Cardoso, foram convidados através do rádio e carro de som. “Os eleitores estão acostumados, será a terceira eleição biométrica no município”, justificou. 
Para a representante do TRE, o teste serviu para verificar o sistema e iniciar o treinamento dos mesários, que orientam o cidadão a utilizar a digital para identificar-se. A arquiteta Denise Costa, que atuou como mesária em 2010 e que em outubro será presidente de mesa, afirmou que é comum a identificação apresentar problemas. Para Denise, o fato do município possuir muitos trabalhadores em atividades manuais, cria dificuldade para o leitor ótico reconhecer a digital. Com efeito, dos dezoito votantes, a identificação falhou em três. 
São feitas 12 tentativas, três em cada dedo (polegares e indicadores). Se o sistema não reconhecer o eleitor, então o presidente da mesa ou um mesário utiliza a sua digital para liberar a urna. Com este método, encerrada a votação, caso a urna seja auditada, é possível checar qual mesário/presidente liberou o acesso. “O objetivo é garantir lisura ao processo”, afirmou Rosiane. 

A opinião dos eleitores 
Manoel Vargas, aposentado, não teve problemas na identificação. “Leu tranquilo”, afirmou. Paulo Roberto Duarte Júnior (18), estudante, votou pela primeira vez e também foi identificado na primeira tentativa. “Vim porque fui convocado”, revelou. Roseli Soares, dona de casa, precisou de três tentativas para a máquina “ler” sua digital. “Na outra eleição foi mais fácil”, declarou. 
Já Adelar Bauer Marian, aposentado, não logrou êxito em ser reconhecido, apesar da paciência do presidente da mesa, Leonardo Mazera. Depois de tentar 12 vezes, Leonardo liberou a urna e Adelar pode enfim votar. 
Para Maria Vanderli Vargas Teixeira, aposentada, o sistema facilita a ação de votar. Arabela Maia, dona de casa, trouxe o filho Deivid de dez anos para conhecer a urna e ver a mãe votar. “Hoje é um teste, ele pode ver”, autorizou o mesário. 

Pioneiro em SC 
São João Batista possui 18.110 eleitores e continuará sendo o único município do estado a utilizar a identificação digital em outubro. Em 2008 e 2010 as eleições também foram realizadas com urnas biométricas, aquelas em que o cidadão se apresenta à sessão eleitoral sem documentos, diz o nome e, se estiver na lista, com o polegar ou o indicador, através da identificação digital, acessa a urna e o voto. 

Recomendação do TRE 
O servidor do Tribunal Regional Eleitoral, Ailton João Pereira, observou que apesar do sistema reconhecer através da digital, o cidadão deve se dirigir ao local de votação com o título de eleitor no bolso. “O bom senso diz que deve trazer o título para saber a sessão eleitoral em que votará”. 
Se o eleitor esquecer o número da sessão e não tiver o título à mão, terá de verificar junto ao Cartório Eleitoral qual a sessão em que vota. “Terá mais trabalho”, resumiu Ailton. (Vitor Santos)  
fonte:Alesc

Nenhum comentário:

Postar um comentário