sábado, 11 de agosto de 2012

Tinha um Peralta no meio do caminho!

México vence Brasil por 2 a 1 e conquista seu primeiro Ouro em Londres!
Jogadores mexicanos comemorando a vitória. Foto: EFE/Telesur


LONDRES U.K (11.08.2012) De quem é a culpa? É pra demitir o Mano? Ou o valioso Oscar precisa voltar no outro time de Porto Alegre pra aprender a cabecear? Ou do Rafael que não colocou a bola pra lateral nos 22 segundos de jogo? Ou do Neymar que é fominha? Culpar é uma vício que nos aparece depois de uma derrota. 

Não foi dessa vez, de novo! Somos tri prata! Superamos o bi-vice do Coritiba! Superamos até o Vasco da Gama! 

Mais vice que a seleção brasileira só o Mano Menezes. Na passagem épica pelo Grêmio, Mano tirou o time da série B em 2005 e o levou para a final da libertadores em 2007.Optando em não fazer marcação especial em Riquelme, deu no que deu, foi seu primeiro grande vice campeonato. Depois conquistou mais um vice, com o Corinthians na Copa do Brasil de 2008, e agora uma prata olímpica.

Será que faltou mais coragem para colocar o Lucas antes?  Ou será que o México foi superior e mereceu?

O que o placar disse foi a expressão de um jogo onde quem errou menos ganhou. O México soube aproveitar as oportunidades. Entrou com cautela e maturidade. Teve a tranquilidade. Nosso ponto fraco é não saber organizar uma boa defesa? Os mexicanos passaram com a facilidade que os coiotes cruzam a fronteira com o império do norte.

Hoje não tinha muros da vergonha que segurassem as peraltices do Peralta. O camisa 9 apareceu pouco no jogo. Apareceu na hora que era pra matar. El matador Peralta fez numa ofensiva rasteira aos 28 segundos de jogo, depois de um presente do Rafael. E depois, num ataque aéreo, nos 29 minutos do segundo tempo, quando a defesa brasileira teve seu momento de Roberto Carlos ajeitando a meia e assistindo o francês Henry fazer o gol na copa de 2006.

Peralta (C)  fez os dois gols mexicanos. Foto: Luis Acosta/AFP

O desconto do Hulk nos 91 minutos e a cabeçada pra fora do Oscar nos 93, apenas deixaram a vitória do México mais difícil e mais sofrida. Esse povo que sofre no quintal do império, hoje canta como los mariachis.

O México fez o básico do futebol. Marcou a saída de bola. Ganhou o jogo no meio de campo. E tem um centroavante. Nós também temos um baita centro avante, mas que hoje a bola não chegava nele. Nosso ponto forte, o ataque, falhou! Nosso ponto fraco, a defesa, falhou também. E assim os deuses do olimpo nos condenaram a prata, novamente. Perdemos nos detalhes tão pequenos!

Financeiramente, somando o valor do passe de um Lucas e de um Oscar, certamente dá pra comprar duas seleções do México. Mas não dá pra comprar uma medalha de ouro com o vil metal do dólar. O ouro olímpico do Olimpo é algo superior ao dólar ocidental capitalista.

Uma saída pro nosso futebol é ter dois técnicos. Um Celso Roth pra organizar a defesa e um Luxemburgo pra organizar os ataques. Ou um Felipão que vale pelos dois! Como isso não é possível, torcemos pro Mano!  

Nem por isso devemos deixar de parabenizar a Seleção. Foi a melhor campanha desde 1988. Daquela prata de 1988 brotou uma geração pra ganhar o tetra em 1994 e o penta em 2002. Teremos dias melhores pela frente. 
Neymar lutou, mas defesa mexicana foi superior. Foto: Daniel Garcia AFP/CP

Por @macielcover

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