Policiais civis de todo o estado estiveram reunidos em assembleia geral na tarde desta quinta-feira (03) em Joaçaba. No encontro realizado no Auditório Afonso Dresch da Unoesc, o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina), descartou por enquanto a realização de uma greve geral da categoria por entender que deve retomar o diálogo com o governo do estado.
Mesmo descontentes com os projetos salariais aprovados em 2013, que segundo o sindicato, retirou direitos dos policiais, a categoria discutiu algumas ações que serão desenvolvidas a partir de agora. “Precisamos manter uma postura firme. Já que trabalhamos com legalidade, vamos cobrar o cumprimento das leis, tal como exigir coletes, viaturas, armamentos e a reposição de pessoal”, destacou o presidente do Sinpol, Anderson Amorim, se referindo a Lei 453/2009 que trata sobre o efetivo. “Vamos propor a realização de concurso público de imediato para que pelo menos seja suprida a quantidade de policiais que se aposentam no final do ano, pois estamos com defasagem de efetivo há cinco anos”, esclareceu.
“Queremos negociar, temos muitas coisas pelas quais lutar, pois os projetos que a Assembleia Legislativa aprovou, não atenderam todas as demandas da polícia civil”, afirmou Amorim. “Nos tiraram alguns direitos, como o recebimento de horas extras e adicional noturno. Se temos déficit de efetivo, tem que trabalhar o dobro para que a polícia mantenha um trabalho de eficiência e qualidade em patamares aceitáveis. Tirar esses direitos, sendo que o estado exige que a polícia seja competente, é um contrassenso, ou seja, o Estado fez uma coisa e pede outra”, ressaltou.
A retirada do adicional de pós-graduação também é questionada pela classe. “Todos sabemos que a pós-graduação reflete diretamente no serviço prestado a sociedade. Quando você tira o incentivo para que o policial continue estudando, a tendência é a desqualificação do profissional”, criticou. Outra questão cobrada é o cumprimento do artigo 27 da lei 254/2003, que determina que a diferença entre o menor e o maior salário na polícia civil seja de no máximo quatro vezes.
O presidente do sindicato dos policiais acredita que a categoria está mais amadurecida para sentar novamente à mesa de negociação e reconquistar seus direitos.
Finalizando a entrevista, Amorim disse que o governo Colombo tem se mostrado o pior para negociar com os servidores. “O que temos visto com todos os outros sindicatos de servidores públicos, é que se repete no governo do estado, o que os servidores municipais de Lages afirmavam e nós não acreditávamos, que o governo do estado sob o comando de Colombo seria intransigente com os funcionários públicos”.
Fonte: CacodaRosa
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