Pelo menos 30% da carga horária do estágio obrigatório para estudantes de medicina, em regime de internato, deverá ocorrer no Sistema Único de Saúde (SUS), na atenção básica e em serviço de urgência e emergência. A Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou essa resolução na última quinta-feira (3).
As novas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de medicina incluem ainda uma avaliação nacional dos estudantes a cada dois anos. A participação no exame será obrigatória e classificatória para os programas de residência médica.
A entrada em vigor das novas regras deve começar a partir de um prazo de dois anos, mas ainda depende da aprovação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação.
As mudanças resultam de uma audiência pública, realizada no dia 26 de fevereiro, que contou com a participação de entidades que representam estudantes de medicina, médicos e instituições de ensino.
A necessidade de reformulação das diretrizes dos cursos de medicina ficou mais evidente com a criação do Programa Mais Médicos, no ano passado. O objetivo do Ministério da Saúde era atrair profissionais para as regiões mais carentes do país. No entanto, o programa teve baixa adesão de médicos brasileiros. A solução foi abrir espaço para cerca de 4 mil médicos cubanos.
Fonte: BdF
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