quinta-feira, 2 de abril de 2015

PEDIDO DO PAPA ÀS COOPERATIVAS

ilustrativa/reprodução internet

O Papa Francisco recebeu no Vaticano cerca de sete mil membros da Confederação Cooperativas Italianas, acompanhado do Presidente, Maurizio Gardini. No seu discurso, o Santo Padre expressou sua satisfação e admiração aos membros das cooperativas italianas, que representam "a memória viva de um grande tesouro da Igreja na Itália". A origem da atividade destas cooperativas estão os sacerdotes e os párocos, que, sabiamente, as fundaram e promoveram ao longo destes anos. O Papa afirmou que "ainda hoje" em diversas dioceses italianas, se recorre à cooperação como remédio eficaz para o problema do desemprego e das diversas formas de dificuldade social. Neste sentido, o Pontífice recordou que a Igreja sempre reconheceu, apreciou e encorajou a experiência de cooperação. Francisco citou diversos documentos da Doutrina Social da Igreja, dirigidos aos cooperadores, que ainda são válidos e atuais em nossos dias. Depois, o Santo Padre pediu para os presentes não olhar somente para o passado, mas, sobretudo para o futuro, às novas perspectivas, às novas responsabilidades e às novas formas de iniciativas pelas empresas. O Papa disse que as cooperativas tratam de uma verdadeira missão que requer fantasia criativa para encontrar meios, métodos, comportamentos e instrumentos, para combater a "cultura do desperdício, cultivada pelos poderes que dirigem as políticas econômico-financeiras do mundo globalizado". "Globalizar a solidariedade, hoje, significa preocupar-se pelo aumento vertiginoso do desemprego, das lágrimas dos pobres, da necessidade de retomar um desenvolvimento que vise o verdadeiro progresso integral das pessoas sem rendas; preocupar-se com os aspectos da saúde, da solidariedade e da dignidade da pessoa humana. Enfim, globalizar a solidariedade!", disse o Pontífice. O Papa Francisco deu alguns conselhos concretos aos membros das cooperativas italianas: "ser motor, que alivia e incentiva as camadas mais fracas das comunidades locais e da sociedade civil", se referindo particularmente aos jovens, mulheres e adultos desempregados. "Ser protagonista para encontrar novas soluções", sobretudo no campo da saúde, que envolve as camadas mais pobres das periferias, sem esquecer que ao centro de tudo deve estar a pessoa. A "caridade não é um simples gesto para tranquilizar o coração, mas um dom", disse. "Economia e a sua relação com a justiça social, com a dignidade e o valor das pessoas". O Papa afirma que com uma nova economia se cria a capacidade de desenvolver as potencialidades das pessoas. Uma empresa deve crescer e lucrar, mas deve envolver todos, de modo cooperativo. Ao finalizar, o Papa Francisco pede que as cooperativas lutem honradamente contra as manipulações do mercado. "Vivam como cristãos, mantenham a sua fé e identidade próprias. Sejam solidários!", conclui.


Fonte: Rádio Vaticano - Ocepar
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