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São Paulo – Carestia era expressão usada repetidamente entre os anos 1970 e 1980, principalmente nos movimentos que se organizavam, ainda na ditadura, para protestar contra o custo de vida. Nos últimos meses, voltou a ser ouvida, com a alta contínua da inflação, que parece não dar trégua. Ao mesmo tempo, o salário mínimo não tem mais aumentos reais, enquanto a renda média do trabalhador caiu. A volta da inflação de dois dígitos será um dos principais assuntos do 1º de Maio, no próximo domingo, junto com a defesa da democracia, a retomada de direitos e a preservação da vida.
Na última semana, o IBGE anunciou o resultado do IPCA-15, considerado a “prévia” da inflação oficial, mostrando o maior índice para abril em 27 anos e uma taxa acumulada acima de 12%. Com altas ainda maiores para produtos básicos. O preço da gasolina segue aumentando. A alta do gás de cozinha é a maior neste século. Consumidores temem novo reajuste das tarifas de energia elétrica.
Salário mínimo
Ao mesmo tempo, o atual governo acabou com a política de valorização do salário mínimo, que não tem ganho real. E o acompanhamento mensal feito pelo Dieese mostra que os preços dos produtos da cesta básica continuam subindo pelo país.
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Em 12 meses, até março, os valores da cesta subiram nas 17 capitais pesquisadas. Essa alta variou de 11,99% (Aracaju) a 29,44% (Campo Grande). A cesta mais cara (a de São Paulo: R$ 761,19) levou o Dieese a calcular em R$ 6.394,76 o salário mínimo necessário para as compras básicas de uma família com quatro integrantes. Ou 5,28 vezes o mínimo oficial. Há um ano, essa proporção era de 4,83.
Fonte: RBA
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