quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Laudo descarta falha mecânica na tragédia com ônibus da Reunidas




Foto:Bombeiros Lages/Divulgação
Não houve falha mecânica no acidente de ônibus que deixou nove mortos em Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, no dia 11 janeiro. Segundo o laudo do Instituto Geral de Perícia (IGP), divulgado nesta terça-feira (10), o sistema de freios estava 'em perfeitas condições de tráfego'.

O acidente aconteceu na madrugada do dia 11 de janeiro no km 109,8 da BR-282, em Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis. O ônibus saiu da pista e caiu em uma ribanceira. Das 41 pessoas que estavam no veículo, nove morreram e cerca de 30 foram levados para hospitais.

O veículo da empresa Reunidas saiu de Posadas, na Argentina, às 11h30 do dia 10 de janeiro e tinha como destino Florianópolis, com chegada prevista para 6h de domingo. A maioria dos passageiros era do Rio Grande do Sul.

Por meio da assessoria de imprensa, a Reunidas informou que ainda não recebeu o resultado do laudo. Ela só irá se pronunciar após ter acesso ao conteúdo do documento.

Laudo sobre o acidente
Ainda conforme o laudo, a parte hidráulica estava dentro dos padrões. A manutenção do ônibus, como alegado pela empresa Reunida em documentação, estava em dia.

Com isso, a polícia trabalha com a hipótese de falha humana. Conforme o policial civil Vanderlei Kanopf, responsável pela delegacia de Alfredo Wagner e pela investigação do caso, o laudo será anexado ao inquérito policial.

O policial recebeu autorização da Delegacia Regional de Lages para viajar até o Rio Grande do Sul para coletar os depoimentos formais do caso. Até então, todos os depoimentos foram recebidos informalmente. 

Kanopf esclarece que, por carta precatória - quando serão ouvidos à distância -, o processo de coleta nas delegacias seria mais moroso. O responsável pelas investigações informou ainda que solicitará mais 30 dias para resolver o caso.

Velocidade
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o ônibus trafegava em uma velocidade média de 70 km/h.

Depois da leitura do disco do tacógrafo, a PRF interpretou que o coletivo variava entre 60 km/h e 80 km/h durante a viagem, velocidades compatíveis com as estradas do percurso.

Após a saída de pista, o veículo chegou a 122km/h, segundo indicado pelo tacógrafo no momento da colisão.

Sem autorização
A ANTT afirmou em nota que recebeu o comunicado do acidente por parte da Reunidas. No comunicado, o órgão informou que o km 107 da BR-282, onde houve a queda da ribanceira, não fazia parte do percurso autorizado pela ANTT para essa viagem. A Agência vai aguardar a conclusão do inquérito policial para tomar medidas administrativas necessárias.



Fonte: G1/SC

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