quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Com prova mais próxima do cotidiano, Enem é chance para estudantes de cursinhos comunitários

E D U C A Ç Ã O  -   E S T U D A N T E S
Na busca pelo acesso ao ensino superior, Arlene Ramos presta pela terceira vez vestibulares e a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A estudante de São Paulo (SP), que teve sua formação básica em escolas públicas, frequenta um cursinho pré-vestibular comunitário e pretende fazer o curso de História. Para ela, os exames das universidades estaduais paulistas, como a USP, trazem dificuldades aos alunos vindos do sistema público de ensino.
“A Fuvest, principalmente, e a Unicamp também têm uma prova com caráter muito técnico, que a gente nunca viu, principalmente a gente que é de escola pública.”
A estudante ainda destaca que o modelo de prova do Enem permite maior compreensão das questões.
“O Enem não, ele já tem uma linguagem mais cotidiana que a gente entende. É claro, precisa ter conhecimento, mas tem uma linguagem mais cotidiana, do nosso dia a dia.”
Os cursinhos comunitários, como o que Arlene frequentou, são mantidos por organizações ou movimentos sociais. Eles possuem valor simbólico de mensalidade ou são gratuitos.
Para Douglas Belchior, integrante da UNEafro Brasil – que mantém cursinhos comunitários ­– os cursos preparatórios populares se tornam espaços privilegiados de preparação para prova do Enem, por trazer de forma crítica as questões da sociedade.
“O Enem traz uma característica de valorizar a capacidade de entendimento da realidade, de leitura de mundo. Então, os cursinhos populares são espaços privilegiados justamente para essa prática. Dado que os cursinhos populares promovem no seu trabalho cotidiano uma educação que valoriza as questões locais, que valoriza o acúmulo de conhecimento da própria comunidade.”
O último Enem foi realizado durante os dias 3 e 4 de novembro deste ano.
fonte: Radioagência NP, Daniele Silveira

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