segunda-feira, 15 de março de 2021

Covid-19: professor da UFSC orienta sobre tipos e modelos de máscaras

 

N95, PFF2, tecidos antivirais, algodão, TNT, com ou sem filtro, 3D, envelope, bico de pato, com ou sem válvula, caseiras, descartáveis, cirúrgicas, face shield, duas, três, quatro camadas… Desde que, em abril de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar o uso de máscaras para a proteção contra a Covid-19, observamos uma crescente oferta e variedade de modelos, industrializados e artesanais, para a venda, isso sem contar os inúmeros tutoriais do tipo faça-você-mesmo que podem ser encontrados após uma rápida busca no Google.

Em meio a tanta diversidade e com a constante atualização do conhecimento científico relacionado ao assunto, é normal que nos sintamos confusos. Quais as diferenças entre os modelos? Que máscara usar em cada situação? Quais os materiais mais adequados? Preciso comprar máscaras descartáveis? Posso confiar nas versões caseiras? Essas são algumas das dúvidas que o professor Carlos R. Zárate-Bladés, pesquisador do Laboratório de Imunorregulação do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), buscou esclarecer.

Protegendo a si e os outros

O primeiro ponto que precisamos destacar é que o uso correto das máscaras é, sim, essencial toda vez que sairmos em público. Elas, contudo, não substituem outras medidas, como a higienização das mãos e, principalmente, o distanciamento social. “O que temos que levar em consideração sobretudo é que o mais importante é o distanciamento social. Enquanto aplicamos o distanciamento social, ajudamos as máscaras a funcionarem melhor. Mesmo usando máscaras N95, nós nos colocamos em risco se estivermos em locais aglomerados”, enfatiza Zárate-Bladés.

Também vale ressaltar que, ao utilizar as máscaras corretamente, estamos cuidando dos outros e de nós mesmos. Além de reterem a nossa emissão de partículas e aerossóis, elas também atuam como uma barreira que nos protege da contaminação. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, aponta que o uso de máscaras reduz em 87% a chance de ser infectado pelo coronavírus.

Novas variantes e recomendações

O aumento de casos de Covid-19 e a identificação de novas variantes do Sars-CoV-2 aumentam a preocupação e a necessidade de cuidados preventivos. No início deste ano, alguns países europeus chegaram a proibir o uso de máscaras caseiras e exigir a utilização das industrializadas nos espaços públicos.

Zárate-Bladés explica que a mudança não foi na forma de transmissão, mas na presença de variantes mais agressivas do coronavírus, com maior capacidade de transmissão. Para ele, entretanto, não precisamos abandonar totalmente as máscaras caseiras. Apesar de recomendar o uso das N95 ou PFF2 para ambientes fechados e/ou com maior exposição, ele reforça que, quando feitas com os materiais apropriados e usadas corretamente, as máscaras caseiras podem ser vestidas com segurança em locais abertos e/ou com baixa circulação de pessoas.

“Quando feitas do jeito certo, elas têm uma ótima efetividade de não deixar passar gotículas e também são bastante efetivas contra certos aerossóis”, comenta. As gotículas respiratórias, às quais ele se refere, são aquelas liberadas pela tosse, espirro ou fala, que atingem uma pequena distância e logo caem no chão ou em alguma superfície. Já os aerossóis são partículas menores do que as gotículas, capazes de permanecer em suspensão no ar por períodos prolongados. Ambos são considerados meios de transmissão do Sars-CoV-2.

PFF2 ou N95

Para começar, é preciso esclarecer que PFF2 e N95 são dois nomes diferentes para a mesma máscara. O primeiro é utilizado para a certificação brasileira, enquanto o segundo é empregado nos Estados Unidos. Quando comparada às máscaras de pano ou cirúrgicas, ela é a que apresenta maior efetividade para a proteção contra o coronavírus.

Além de possuir uma estrutura com poder de filtragem superior, oferece melhor vedação – ou seja, fica completamente presa ao rosto, potencializando a retenção de gotículas e aerossóis. As máscaras do tipo estiveram em escassez no início da pandemia e foram direcionadas prioritariamente para os profissionais da saúde. Agora, no entanto, já podem ser facilmente encontradas para compra.

Recomenda-se o uso de máscaras PFF2 ou N95 em ambientes fechados, mal ventilados e/ou com grande circulação de pessoas. Foto: Agecom/UFSC

“Sabendo que estão circulando variantes, e mais de uma variante, em Florianópolis, dessas variantes que são clinicamente importantes, eu recomendaria que as pessoas adquiram algumas PFF2 para aquelas ocasiões em que vão estar mais expostas”, afirma Zárate-Bladés. Alguns exemplos de situações em que o professor indica a utilização delas são consultas médicas, idas a banco ou supermercados em horários de maior movimento, transporte público e viagens. Salienta-se que o nível de risco de cada ambiente varia em função de uma série de fatores, e, portanto, deve ser analisado caso a caso. Lugares fechados, mal ventilados e com uma maior aglomeração de pessoas oferecem maiores riscos e devem ser evitados quando possível, mas o tempo em que a pessoa passa nesses locais também pesam para a avaliação.

Um exemplo são os corredores e elevadores de prédios residenciais: “Moro num prédio relativamente antigo, os corredores são um pouco estreitos, mas é um prédio de quatro andares, e eu, quando saio, vou de escada, e somente quando volto ao prédio subo de elevador. Evito o uso do elevador, que é um ambiente fechado, mal ventilado e pequeno, para me transportar em metade das necessidades. E como é curto, somente quatro andares, eu confio na minha máscara caseira. Já para os funcionários que trabalham no prédio, que ficam muito mais tempo nos corredores, limpando os próprios corredores, limpando o elevador, para eles tem que ser máscara PFF2”, comenta o professor.

É importante checar alguns pontos ao comprar sua PFF2:

Nunca utilize máscaras PFF2 com válvula. Elas oferecem risco às pessoas ao seu redor

Verifique se ela possui o selo do Inmetro.
Nunca compre máscaras com válvula. A válvula não filtra o ar na saída, deixando escapar gotículas e aerossóis e oferecendo risco às pessoas que estão perto de você.
Confira se o vendedor é confiável. Caso ainda não conheça a loja, verifique as opiniões de outros compradores e há quanto tempo ela está no mercado.
Ao receber a máscara, cheque se ela veda bem no rosto e se o elemento metálico do nariz fica bem ajustado.

Apesar de serem consideradas descartáveis, as PFF2 podem ser reutilizadas, desde que observados alguns cuidados:
Podem ser usadas por até seis horas, aproximadamente. Mas será preciso trocar antes caso a máscara fique úmida. Em um dia quente, no qual você transpire muito, talvez seja preciso trocá-la com mais frequência.
Não as lave nem passe álcool ou outro produto para a limpeza. Isso pode danificar o material.
Após o uso, deixe a máscara descansando por pelo menos três dias, de forma que o vírus que potencialmente tenha sido retido ali seja inativado. Depois desse período, pode utilizá-la de novo.
Verifique sempre a condição da máscara antes de reutilizá-la. Veja se não há danos aparentes (como rasgos ou elástico gasto, por exemplo) e se ela mantém a vedação. Caso esteja escapando ar pelos cantos ou haja qualquer outra evidência de dano, descarte-a.

Máscaras cirúrgicas

Máscaras cirúrgicas possuem uma boa capacidade de filtragem, mas a vedação não tem a mesma qualidade que a PFF2, e elas não devem ser reutilizadas. Foto: Agecom/UFSC

As máscaras cirúrgicas, em geral, são feitas de TNT em três camadas. Possuem boa capacidade de filtragem, mas sua vedação não tem a qualidade da PFF2. Segundo Zárate-Bladés, elas são recomendadas apenas quando a pessoa não tiver acesso a uma máscara de tecido de qualidade ou a uma PFF2.

“Eu não gosto das máscaras cirúrgicas pelas laterais, me parece que elas ficam muito abertas nas laterais, embora a entrada do vírus pelas laterais seja um tanto mais difícil que diretamente, através do tecido. A máscara cirúrgica tem muito boa filtração, onde ela peca é justamente nas laterais”, relata o pesquisador.

Elas não podem ser reutilizadas, devendo ser descartadas após o uso. “São muito mais finas e por esse motivo umedecem muito mais rapidamente. Por esse motivo eu particularmente não recomendo a reutilização”, diz o docente.

Máscaras de tecido

Em abril de 2020, um grupo de cerca de 60 professores e pesquisadores do CCB/UFSC preparou um guia para que as pessoas possam fabricar suas próprias máscaras faciais. O modelo, que contempla três camadas de tecido de algodão e espaço para inserção de uma folha de polipropileno com celulose (vendida em rolos ou lenços com o nome de pano ou papel-toalha reutilizável), ainda é recomendado por Zárate-Bladés: “Estudos saíram, feitos em outras partes do mundo, testando estruturas de máscaras caseiras diversas, e a estrutura básica da máscara da UFSC que a gente propôs foi muito bem avaliada”.

O guia para confecção de máscaras caseiras divulgado pela UFSC em abril de 2020 está de acordo com as mais recentes recomendações. Também é possível adaptá-lo para a fabricação de máscaras com apenas duas camadas de algodão, no lugar das três indicadas inicialmente. Foto: Agecom/UFSC

“Qual seria o defeito dessa máscara em termos práticos? Ela é um pouco mais grossa. Particularmente, eu tenho usado a máscara durante todo 2020, me adaptei muito bem a ela, e senti que tinha uma respirabilidade bem aceitável. Mas, logicamente, chegando o verão, a máscara ficou um pouco mais incômoda de ser usada, justamente porque termina tendo quatro camadas de tecido. A notícia boa é que vários estudos mostraram que duas camadas de algodão e uma de polipropileno seria a melhor estrutura de máscara caseira. Então, a pessoa pode seguir o modelo da UFSC, fazendo a estrutura de envelope, mas formando uma cavidade com apenas duas camadas de algodão e deixando espaço para colocar lá o elemento filtrante”, indica o professor.

Ao fabricar ou comprar sua máscara de tecido, é importante estar atento a alguns detalhes:
Estudos apontam que as melhores máscaras são as feitas com duas camadas em tecido 100% algodão (tricoline é uma boa opção) e uma terceira camada interna de polipropileno.
Para essa camada interna, recomendam-se os papeis-toalha de cozinha reutilizáveis, feitos de polipropileno + celulose. Eles são vendidos em forma de rolos ou lenços e podem ser utilizados e lavados até quatro vezes antes do descarte.
Não devem ser usados tecidos que estiquem, como o neoprene, por exemplo. Ao esticar, abrem-se os poros dos tecidos e perde-se capacidade de filtração.
Tecidos muito porosos também não devem ser utilizados, mesmo que não estiquem. Ou seja, máscaras de tricô, por exemplo, podem até ser bonitas, mas não servem para proteção.
Evite máscaras com costuras no meio, como as do tipo “bico de pato”. Estudos demonstram que aerossóis podem atravessar pela costura.
Tecidos antivirais funcionam para a inativação do vírus, mas é preciso atenção. “Várias marcas de máscaras são feitas com produtos, por exemplo, nanofuncionalizados para serem microbicidas, e vários deles são realmente testados contra vírus, e algumas de fato testadas contra o próprio coronavírus”, informa Zárate-Bladés. É preciso, portanto, certificar-se que o fornecedor é confiável, bem como respeitar o número de vezes que ele indica que o tecido pode ser utilizado antes de perder sua funcionalidade. Por fim, deve-se manter os mesmos cuidados recomendados às máscaras de tecido de modo geral.
As máscaras devem ser trocadas a cada duas horas ou sempre que ficarem úmidas.
Para desinfetar a máscara após cada uso, deixe de molho em uma solução de água sanitária (duas colheres de sopa para cada litro de água) ou em água com sabão por 30 minutos. Enxágue-a depois em água limpa. Evite usar a máquina de lavar, pois ela desgasta mais rapidamente o tecido.
Máscaras de tecido não são eternas. Elas também devem ser descartadas e trocadas de tempos em tempos. Não existe um número exato de vezes que ela pode ser reutilizada. A Anvisa recomenda o descarte após 30 lavagens, baseada na durabilidade média dos tecidos. O importante é sempre verificar as condições da máscara: se o tecido está íntegro, se o elástico não está muito desgastado, se a máscara não ficou muito mole ou perdeu muita cor.


Máscaras antivirais possuem propriedades que permitem a inativação do vírus. As costuras no meio da máscara, contudo, devem ser evitadas. Foto: Agecom/UFSCBandanas não devem ser utilizadas como máscara. Além de não possuírem vedação adequada, seus tecidos não permitem uma boa filtragem do ar. Foto: Agecom/UFSCMáscaras de tricô podem até ser bonitas, mas não servem para proteção


Ajustes no rosto

A máscara deve cobrir o nariz e a boca em todos os momentos. Também não se pode deixar espaço para o ar escapar por cima, por baixo ou pelas laterais. Foto: Agecom/UFSC

Tão importante quanto a escolha do material que compõe a máscara é o seu ajuste no rosto. É essencial que ela tenha uma boa vedação, que não deixe espaços para o ar escapar por cima, por baixo ou pelas laterais.
Sempre é bom enfatizar que a máscara só funciona quando está colocada no rosto da pessoa, tapando o nariz e a boca. Mesmo as melhores máscaras não são capazes de cumprir sua função se o nariz fica para fora ou se for puxada para o queixo.
Para as máscaras de tecido, é recomendável incluir um elemento que permita ajustá-las ao nariz. Uma opção é utilizar os arames que vêm nas embalagens de pão de forma.
É preciso estar atento também às laterais do rosto. A máscara deve ficar “colada” no rosto em todas as bordas – o que talvez demande ajustes no tamanho do elástico.
Ao vestir a máscara, certifique-se que o ar esteja entrando e saindo somente através da máscara, e não pelas laterais ou por cima, pela região do nariz. Se isso acontece significa ou que a máscara não está bem vedada ou que o material utilizado não foi o correto. Ela pode ser muito grossa, por exemplo, o que faz com que o ar não consiga ser filtrado e seja empurrado para as laterais.
A capacidade de filtragem da máscara pode ser avaliada a partir do “teste da vela”. Experimente assoprar uma vela acesa enquanto usa a máscara, se não conseguir apagá-la é um bom indicativo de que a máscara funciona.

Mesmo as melhores máscaras não são capazes de cumprir sua função se o nariz fica para fora ou se for puxada para o queixo. Foto: Unsplash
A máscara só funciona quando está colocada no rosto da pessoa, tapando o nariz e a boca. Foto: Unsplash


Duas máscaras ao mesmo tempo?


Um estudo do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos aponta que a utilização de duas máscaras ao mesmo tempo pode reduzir o risco de transmissão da Covid-19, por oferecer melhor filtragem e vedação. Foto: Agecom/UFSC

Em fevereiro, um estudo do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) indicou que a utilização de duas máscaras ao mesmo tempo – uma de pano e uma cirúrgica – poderia reduzir significativamente o risco de transmissão da Covid-19.

Segundo Zárate-Bladés, a prática de fato pode aumentar a segurança, quando comparada ao uso de apenas uma dessas máscaras sozinha, devido à combinação de diferentes materiais e a uma melhor vedação lateral, mas ele, pessoalmente, não acha essa uma boa opção: “eu particularmente não gosto porque acho que isso dificulta muito a respirabilidade, mas aumenta a filtragem do material com certeza. Para locais quentes, esse artifício realmente não deve ser prático. Eu nem tentei aqui no verão brasileiro, mas certamente não acredito que seja confortável”. Como citado acima, a recomendação do docente é o uso das PFF2 para ambientes de maior risco e das máscaras de tecido em locais abertos e/ou com baixa circulação de pessoas.

Face shield e óculos de proteção



Óculos de proteção, assim como face shields, não são obrigatórios. Mas, quando utilizados, devem sempre ser acompanhados de uma boa máscara. Foto: Agecom/UFSC

“Ainda existe essa possibilidade de ser contaminado através dos olhos. Embora essa chance seja pequena, ela existe. Então dependendo do tipo de atividade que a pessoa faz, sim, é recomendado que se utilize algum tipo de proteção ocular, como óculos ou mesmo face shield. Já se são situações comuns, ao ar livre, etc, e a pessoa respeita o distanciamento social, essas proteções adicionais podem ser deixadas de lado”, esclarece o professor. Mas atenção: óculos ou face shields nunca podem ser utilizados sozinhos, devem sempre vir acompanhados de uma boa máscara.

Já as máscaras transparentes de vinil não devem ser utilizadas em nenhuma situação. Além de o material não ser capaz de filtrar o ar inspirado ou expirado, elas não oferecem boa adesão ao rosto – os espaços grandes entre o rosto e a máscara permitem a entrada e saída de ar sem nenhum tipo de filtragem.


Face shields podem ser recomendados para a realização de atividades de maior risco. Foto: Unsplash

Máscaras transparentes de vinil não devem ser usadas em nenhuma situação

Máscaras do tipo não são capazes de filtrar o ar inspirado ou expirado e não oferecem boa adesão ao rosto


Orientações para as crianças


É importante que as crianças também usem máscaras, mas os responsáveis devem ficar atentos às indicações para cada idade e a determinados sinais que podem demonstrar dificuldade dos pequenos com o acessório. Foto: Agecom/UFSC

Conforme Zárate-Bladés, a OMS desencoraja o uso de máscaras em crianças menores de cinco anos, “embora devamos considerar muito que a própria Organização Mundial da Saúde indica que isso deve ser avaliado de acordo com o local e a situação da pandemia. A meu ver, no momento em que estamos passando da pandemia aqui em Florianópolis e no estado de Santa Catarina, é muito necessário que todos usemos máscaras, porque dessa forma estamos diminuindo a transmissibilidade do vírus. Porque as crianças, embora sejam bem menos suscetíveis ao vírus e esteja demonstrado que elas são menos efetivas em transmitir o vírus que um adulto, também participam da cadeia de transmissão. Então, é importante, sim, que usem máscaras”.
Crianças muito pequenas – até três ou quatro anos – podem não conseguir usar as máscaras. Até os dois anos, ainda há o risco de sufocamento. A partir dos cinco anos, já se pode utilizar a máscara, com certeza, assegura Zárate-Bladés: “na prática conheço muitas crianças, pela turma da minha filha, de quatro anos, que fazem um ótimo uso da máscara, até melhor que muitos adultos”. É preciso, portanto, avaliar individualmente a situação, conforme o grau de maturidade da criança.
Independentemente da idade, o mais importante é estar atento aos sinais de que a criança não consegue usar a máscara de forma adequada. Se ela toca muito no rosto ou na máscara, por exemplo, talvez ainda não esteja preparada para o uso.
Os pais devem evitar, sempre que possível, sair com as crianças que não conseguem ou não podem usar a máscara de forma adequada.
De resto, valem para os pequenos os mesmo cuidados gerais em relação aos materiais, à higienização e ao ajuste no rosto.

Fonte: Ufsc

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