terça-feira, 31 de agosto de 2021

Desemprego atinge 14,4 milhões. Trabalho precário cresce. Renda cai


São Paulo – A taxa de desemprego ficou em 14,1% no segundo trimestre de 2021. Apesar da leve queda (de 0,6 ponto percentual) em relação ao trimestre anterior, o índice subiu 0,8 ponto sobre o mesmo período em 2020. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad contínua, divulgada nesta terça-feira (31) pelo IBGE, estima em 14,4 milhões os brasileiros desempregados. Segundo o instituto, o país fechou o período de abril a junho com taxa média de ocupação de 49,6%. Portanto, menos da metade da população em idade para trabalhar tem uma ocupação atualmente.
Evolução da taxa de desocupação segundo a Pnad contínua. Fonte: IBGE

Entretanto, o trabalho informal aumentou mais do que o emprego com carteira assinada. Há um ano eram 30,8 milhões, enquanto agora são 35,6 milhões. Essa forma de ocupação (que inclui pessoas sem carteira e sem CNPJ) corresponde a 40,6% do total de ocupados, estimados em 87,8 milhões pelo IBGE. Enquanto aumentou em quase 5 milhões o número de brasileiros na informalidade, o de pessoas com registro em carteira no setor privado ficou estável, 30,5 milhões.
Pnad contínua: subocupação aumenta 34,4% e renda cai 6,6%

A pesquisa mostra ainda que os subocupados – aqueles que trabalham menos horas do que poderiam ou gostariam – alcançou o recorde de 7,5 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando havia no país 5,6 milhões de pessoas subocupadas, o indicador subiu 34,4%. O contingente de pessoas subutilizadas, aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial, foi de 32,2 milhões.

Já o rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 2.515, um recuo de 6,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, segundo a Pnad contínua. A massa de rendimento real, que é soma de todos os rendimentos dos trabalhadores, ficou estável, atingindo R$ 215,5 bilhões.

Fonte: RBA

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