segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Vacinas contra covid: como está a vacinação no Brasil e no mundo


Quando se trata da vacina contra a covid-19, há uma pergunta que a maioria das pessoas está se fazendo - quando ela vai chegar a todos? Afinal, vacinar o mundo contra o novo coronavírus é uma questão de vida ou morte.

Alguns países definiram metas muito específicas, mas para o restante do mundo a imagem é muito menos clara, pois envolve processos científicos complicados, corporações multinacionais, promessas governamentais conflitantes e uma grande dose de burocracia e regulamentação. Não é nada simples.


Quando vou receber a vacina?


No Brasil, a vacinação começou no fim de janeiro. Até agora, segundo a plataforma de dados Our World In Data, mais de 50 milhões de doses já foram administradas.

Mas uma grande parcela da população ainda não foi vacinada.

Até o dia 19 de maio, foram 24 doses por 100 habitantes (contando primeiras e segundas doses em alguns casos). Já em Israel, o país com a maior taxa de vacinação do mundo, 121 doses por 100 habitantes. No Chile, o país da América Latina que mais rapidamente tem vacinado sua população, essa taxa é de 86,7.

Em números absolutos, os Estados Unidos são o país que mais administrou doses de vacinas contra a covid-19, cerca de 273,5 milhões de doses até 19/05.

Especialistas alertam que, em meio ao pior momento da pandemia, a única solução para o Brasil é a adoção de um confinamento mais rígido e a aceleração da vacinação.

Eles dizem que o número alto de mortes no país pode ser explicado, principalmente, pela livre circulação de pessoas e por uma variante (P.1) do coronavírus mais transmissível e que, de acordo com estudos preliminares, causaria reinfecçãonaqueles que já tiveram a doença.

Em entrevista recente à BBC News Brasil, o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino sugeriu que o Brasil deveria fazer "o que o restante do mundo fez: decretar um lockdown mais rígido e correr com a vacinação. Isso é o mínimo".

Mas, sem uma estratégia a nível federal, acrescentam, esse objetivo dificilmente será cumprido.

"De que adianta um município ou um Estado decretar um confinamento se as pessoas de municípios ou Estados vizinhos continuarem circulando? Isso faz com que a localidade tenha todo o prejuízo econômico e político de confinar sua população, mas sem o sucesso que poderia ter se essa ação fosse coordenada. A falsa impressão é de que o esforço não funciona, quando, na verdade, ele está sendo sabotado a nível federal", assinalou Iamarino.

"Por isso, digo que temos dois inimigos para enfrentar no Brasil. Um é a nova variante e o outro é a falta de estratégia do governo federal".

"Como resultado, temos pronta a receita para que mais variantes perigosas surjam", acrescentou Iamarino.

Fonte: BBC Brasil

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