quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Fim de pensões de ex-governadores será votado até o fim de setembro


Fim de pensões de ex-governadores 
será votado até o fim de setembro


A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 03/2011, apresentada pelo deputado Padre Pedro Baldissera (PT), que acaba com as aposentadorias para ex-governadores em Santa Catarina, deve ser votada na Assembleia Legislativa até o final de setembro. A matéria está pronta para análise do plenário desde o início de agosto, quando foi aprovada por todas as comissões do Legislativo.

Padre Pedro considera a possibilidade de votação neste mês de setembro uma vitória importante, e acredita na aprovação do projeto. “Confiamos que os deputados e deputadas serão favoráveis, e a Assembleia dará uma resposta à sociedade para um artigo que, somente de 2006 até hoje, já tirou mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos”, afirmou o parlamentar.



Mais de uma década de disputa judicial


Em 2006 Padre Pedro ingressou com as primeiras ações populares no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Em 2007 apresentou nova ação, já que Eduardo Pinho Moreira, empossado como governador em 2006, passou a receber o benefício depois de menos de nove meses no cargo.

Em 2008 Padre Pedro protocolou ação de reclamação ao STF, da qual abriu mão para agilizar a tramitação da Adin proposta pelo Ministério Público Federal. Por fim, em 2011, propôs a Emenda Constitucional (PEC) 03/2011, que começou a tramitação somente em março desse ano.



Benefício inconstitucional

Em todo Brasil 104 ex-governadores recebem salários vitalícios. Já existem decisões do STF que consideraram o pagamento inconstitucional em outros estados. O caso catarinense é um dos mais absurdos, já que além de vitalício, o valor do salário é equiparado ao vencimento de um desembargador do Tribunal de Justiça, de R$ 30,4 mil.

O Estado paga atualmente para oito ex-governadores, podendo alcançar 10 até o final da próxima legislatura (Eduardo Pinho Moreira, que abriu mão temporariamente da aposentadoria, e Raimundo Colombo, que encerra o mandato em 2018). O benefício custa mais de R$ 3,7 milhões por ano aos cofres públicos do Estado. Além disso, três ex-primeiras damas recebem R$ 15 mil.

Assessoria de Comunicação

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