terça-feira, 14 de novembro de 2017

Acampamento do MST receberá prêmio de agrobiodiversidade

Deputado Padre Pedro Baldissera
FOTO: Solon Soares/Agência AL
O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) ressaltou no dia 07, no Plenário da Assembleia Legislativa, experiências do Movimento Sem Terra (MST) que vêm dando certo. Citou a ocupação de um grupo de 20 famílias no município de Antonina, no litoral norte do Paraná, em 2003, em uma Área de Proteção Ambiental degradada, depois de décadas de utilização e degradação por parte de fazendeiros. “O MST transformou estas terras numa área de preservação ambiental ao mesmo tempo em que utilizou parte delas para a produção de alimentos de várias espécies para o sustento das famílias, gerando renda com a venda do excedente, tributos e impostos para o estado”, contou.

Padre Pedro disse que este trabalho é hoje reconhecido por vários municípios da região. “O acampamento, infelizmente, ainda não virou assentamento depois de 14 anos”, lamentou. Segundo o parlamentar, a experiência extraordinária destas famílias será coroada, no próximo dia 21 de novembro em Brasília, quando receberão o prêmio Juliana Santilli – Agrobiodiversidade – Edição 2017, o selo de reconhecimento e apoio financeiro para intercâmbio de experiências.
“Historicamente temos um profundo respeito e reconhecimento pelo trabalho, empenho, luta e transparência do MST”, salientou. O deputado citou também outro acampamento, em Faxinal do Guedes (SC), que há 26 anos está nas mãos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “Carrego comigo as escrituras desta área que ultrapassa os 2 mil hectares, de propriedade do governo federal e que estão em nome do Incra. Desde a era Collor que deveriam ser destinadas à reforma agrária para produzir alimentos, mas continuam nas mãos de terceiros que exploram, não geram nenhuma divisa para o município e quase nada para o Estado”, disse.
Segundo ele, se houvesse sido realizada a reforma agrária e colocadas lá 200 famílias, muito alimento diferenciado, orgânico, agroecológico poderia estar sendo produzido para sustentar milhares de pessoas, gerando renda “e ao mesmo tempo fazendo justiça àquela área de propriedade do governo”, finalizou.


Assessoria Coletiva

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