terça-feira, 24 de setembro de 2019

Padre Pedro destaca regulamentação da agricultura urbana


Grupo de Trabalho tem prazo de 120 dias para apresentar proposta. Lei cria política de produção de alimentos agroecológicos, de forma coletiva, em espaços ociosos

O deputado Padre Pedro Baldissera destacou, nesta terça-feira (24), a Portaria 53/2019, da Secretaria de Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, que cria um Grupo de Trabalho (GT) para regulamentação da Lei 17.533, de 12 de junho de 2018, que institui a política estadual de apoio à agricultura urbana. Conforme o parlamentar, o GT terá prazo de 120 dias para apresentar o texto que regrará a implementação da Lei.
Na última semana, Padre Pedro reuniu-se com representantes da Secretaria de Agricultura e ressaltou a importância da regulamentação para agilizar os projetos já em desenvolvimento nos municípios.
A agricultura urbana tem como base a produção de alimentos agroecológicos em espaços ociosos nas cidades, de forma coletiva, com foco na segurança alimentar. A lei aprovada em Santa Catarina foi baseada em um projeto proposto por Padre Pedro em 2011, com participação fundamental do Laboratório de Educação do Campo e Estudos da Reforma Agrária (Lecera), da UFSC, e de representantes de entidades com experiência na área. “Foi um trabalho conjunto e o resultado, esperamos, é a recuperação de espaços degradados e sua destinação à produção de alimentos agroecológicos, que além de uma questão de segurança alimentar, envolve também a qualificação de áreas urbanas para a população”, afirmou Padre Pedro.
A aprovação do projeto foi possível depois de mais de cinco anos de reuniões e debates com a Secretaria de Agricultura e Pesca, a participação do Lecera/UFSC, Epagri, Cidasc e Fetraf, entre outras entidades e movimentos.
A agricultura urbana está presente na vida de mais de 1 bilhão de pessoas em todo mundo. Além de representar 15% da produção mundial de alimentos, ela influencia outras áreas da vida das comunidades. Associações de moradores, cooperativas e grupos de famílias, de forma articulada, cultivam alimentos, plantas e ervas medicinais e até pequenas criações em áreas que muitas vezes estavam abandonadas.
Diversos municípios de Santa Catarina têm projetos de agricultura urbana, com destaque para a Revolução dos Baldinhos, na comunidade Chico Mendes, em Florianópolis, e o Projeto de Hortas Comunitárias do Núcleo Assistencial Humberto de Campus (NAHC), de Balneário Camboriú. Em sua maioria, os projetos garantem alimento de qualidade para a população local, uma ocupação qualificada do espaço urbano e em muitos casos chegam até a movimentar a economia local, através de feiras abertas à população, onde o excedente da produção é comercializado.
O texto da lei prevê políticas de apoio à produção de alimentos agroecológicos nas cidades, tanto para o autoconsumo das famílias como para geração de renda a partir de feiras urbanas. Ela estabelece como públicos prioritários as pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, fornecedores de alimentos vinculados ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e projetos comunitários de agricultura urbana.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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