segunda-feira, 1 de abril de 2013

Após quase 10 horas sequestro termina sem feridos e com rendição

(Foto: Solange Oro)
Até o começo da noite deste domingo, 31, foram libertados os reféns que permaneciam na casa invadida por um homem que sequestrou 10 pessoas no bairro Presidente Médici em Chapecó. O filho do sequestrador, Léo Pimmel, de 13 anos, foi libertado ás 19h45. Além do filho estava ainda no local a ex-sogra do homem, Lodovina Sabadin, da qual a presença nem ele sabia, já que ela ficou o tempo todo escondida em um quarto sem ser notada.

A polícia argumentou para que o sequestrador, Leandro Adilio Pimmel, 35 anos, liberasse os dois, mas ele revelou ao longo da tarde que seu desejo era de que a ex-mulher, Keli Sabadini, entrasse na casa, pois sua intenção era matar ela, o filho e cometer suicídio. A libertação do filho já indicava que o homem estava cansado e poderia se entregar. Até mesmo o discurso mudou, ele chegou a dizer que iria libertar o filho para que ele não visse o pai cometendo suicídio, o que não se confirmou. A negociação foi feita por policiais com o uso de um telefone celular. No final da tarde agentes do Bope de Florianópolis chegaram à Chapecó para auxiliar no caso.

O sequestro começou no final da manhã, quando Pimmel chegou na casa e teria arrombado uma porta a coices. Vendo que ele estava armado quatro adultos fugiram, eram Neiva Sabadini, Zonete Sabadini, Jamir Sabadini e Luiz Antônio Fiorio, que levou no colo a filha mais nova de Keli, de apenas 2 anos, depois de pular uma janela. A menina é fruto de outro relacionamento da ex-esposa de Leandro.

Ao longo da tarde foram libertados Juliana Pereira, por volta das 15h30, Airto Sabadini, ás 17h30, Euclides e Lurdes Calza, entre 17h30 e 17h40, Greicieli Sabadini Fiori, ás 18h20, Eduardo André Pereira, ás 18h50, o menino Léo Pimmel, ás 19h45.

A ex-esposa do sequestrador acompanhou o tempo inteiro a movimentação e auxiliou a polícia de dentro de um ônibus que estava próximo a casa. Ela reside em São Paulo, onde cursa medicina e voltou a cidade no feriado de Páscoa. O menino Léo foi criado pela avó.

Por volta das 21h20, Leandro Adilio Pimmel, que estava armado com uma pistola, que teria 15 balas, se entregou e foi conduzido a central de polícia.

Segundo familiares, nos dois anos em que Leandro e Keli estiveram separados ele perseguiu a ex-mulher até em São Paulo. Neste período a justiça concedeu uma medida protetiva que obrigava Pimmel a ficar afastado da ex, mas ele descumpriu a decisão várias vezes. Ainda segundo os familiares, mais de 10 boletins de ocorrência foram feitos contra ele devido ao seu comportamento contra a ex-mulher. Pimmel também teria tentado o suicídio algumas vezes, em uma delas subiu em um prédio em Chapecó para se jogar, mas foi contido pelos bombeiros.

Fonte: Portal Éder Luiz Chapecó

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