O Reitor pró tempore do Instituto Federal de Santa Catarina (UFSC), André Dala Possa, emitiu no início de setembro uma Instrução Normativa (IN), de número 20/2020, que no seu parágrafo 4º permite o cancelamento da matrícula de aluno que não participar das atividades pedagógicas não presenciais, mais conhecidas como ANPs.
O SINASEFE, sindicato que representa os técnicos e professores da Instituição, lançou uma nota hoje (10/09) criticando duramente a medida. Segundo o sindicato, a IN atinge diretamente os estudantes em maior condição de vulnerabilidade e pobreza. “A falta de acesso reflete a falta de condições de vida da maioria dos estudantes do IFSC, ingressantes por contas de baixa renda, que não possuem equipamentos, internet e condições de acessar e acompanhar as atividades de suas casas”, diz a nota.
O documento denuncia também que esse tipo de decisão pode significar a construção de “uma escola para uma elite muito restrita, no mesmo momento em que os níveis de desemprego batem recordes no nosso país, somados a uma cesta básica com valores inacessível para boa parte da população”.
De acordo com o SINASEFE, o reitor pró tempore ainda coloca a própria existência do IFSC em risco, já que a redução de matrículas significa, na prática, a redução de orçamento para o próximo período, “comprometendo os recursos que já vem sendo insuficientes desde 2018”.
Fonte: SINASEFE - Seção Sindical IFSC
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