O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) lançou um desafio, na quarta-feira (09), no Plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, para que os homens iniciem o processo de mudança de consciência em relação à mulher. O deputado destacou as diversas situações de violência doméstica que têm ocorrido no Estado em espaços que deveriam ser de sossego, de tranquilidade, de respeito de um para com o outro, da verdadeira parceria e solidariedade. “No entanto, talvez estes sejam os espaços de maior turbulência e produção da violência, culminando em alguns casos em assassinato. Nos tempos em que vivemos é inadmissível a produção da morte, no local que deveria ser de harmonia e bem estar”, lamentou.
Para o deputado, a questão da violência contra a mulher só será superarada se for construída uma nova mentalidade que comece com a reeducação do ser humano a partir do berço, estendendo-se aos primeiros anos de escola com a realização de um trabalho direcionado junto a meninos e meninas. “Se conseguirmos construir uma mentalidade nova, estas gerações imprimirão também uma mudança de relação e convivência. Como diz o velho ditado, é de pequeno que imprimimos com maior consistência aquilo que pode predominar ao longo de toda a vida. Se reproduzirmos a violência em todas as relações vamos colher as consequências, seja no mundo do trabalho, da política ou da família”, disse.
Para Padre Pedro, este é um grande desafio, mas possível de se concretizar se contar com o envolvimento e o esforço de cada um. “Só assim conseguiremos construir uma nova sociedade, fruto da participação e da solidariedade de cada um e de cada uma”, frisou.
O deputado lembrou que no último dia 07 de agosto foi celebrado os 11 anos da vigência da Lei Maria da Penha. Segundo ele, foi um passo estratégico e fundamental para o Brasil porque além de coibir e punir a violência doméstica e familiar tem proporcionado muitos debates. “No século em que estamos e numa sociedade democrática que busca construir e defender e ao mesmo tempo viver com dignidade, nos deparamos com casos vexatórios e inaceitáveis de violência”, argumentou.
Assessoria Coletiva | Bancada
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