O deputado Padre Pedro Baldissera questionou que no Orçamento estadual de 2021 estão previstos apenas R$ 500 mil para a promoção e incentivo à agroecologia e produção orgânica. Segundo ele, o valor é menor do que o reservado para o exercício financeiro de 2020, que foi de R$ 700 mil. “Infelizmente muitas associações, cooperativas e famílias não tiveram acesso a essas informações, e precisamos mobilizar projetos para utilização destes recursos”, afirma o parlamentar. Padre Pedro destaca que o baixo orçamento dirigido à agroecologia é reflexo de um desinteresse histórico, que muitas vezes depende de decisões políticas. “Apesar da agroecologia estar na pauta dos órgãos de pesquisa e extensão agrícola, e muitos pesquisadores e extensionistas se esforçarem nesse sentido, ainda falta prioridade para esta que é a vocação de Santa Catarina”, afirma o deputado. Na avaliação de Padre Pedro, a produção orgânica é a única que une justiça social, viável economicamente e que garante o respeito às nossas principais fontes de vida, a água e a terra.
Santa Catarina apresenta um dos maiores potenciais do País para o setor, já que 90% das unidades têm como modelo a agricultura familiar. “Estamos tão acostumados com a ideia de utilizar veneno para produzir alimentos, que não nos perguntamos se há outro modelo de produção”, lamenta Padre Pedro.
Padre Pedro ressaltou que os agricultores que aderiram à agroecologia melhoraram a renda e a qualidade de vida. “Para legitimar-se na sociedade como único caminho possível, o agronegócio desqualifica o enfoque agroecológico e a agricultura familiar. Precisamos informar a população sobre os benefícios sociais, econômicos e ambientais.”
Ele defende o incentivo à participação da Epagri e o ingresso da Embrapa nas ações e pesquisas voltadas ao setor. “É claro que precisamos de tempo para a mudança, de um modelo de transição, mas precisamos do suporte do Estado para evoluirmos com eficiência e sem maiores prejuízos”, salientou.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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