domingo, 5 de setembro de 2021

Somos educadoras, somos mulheres e somos a voz da Maria da Penha! Não nos calarão!

 

Completamos em 2021 os 15 anos da sanção de uma lei para proteger todas as mulheres vítimas de violência doméstica. Batizada como Lei Maria da Penha, por fazer homenagem a cearense que foi vítima de violência e ficou tetraplégica, a Lei  9.099 se tornou referência mundial no combate a todas as violências domésticas e familiares, sofridas pelas mulheres.

A Lei Maria da Penha é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das mais avançadas do país, reconhecida pelas medidas protetivas de urgência garantidas às vítimas. É um patrimônio da mulher brasileira e de quem busca uma sociedade sem machismo, sem violência e com respeito a todos e todas.

Apesar deste grande avanço que começamos a trilhar, ainda temos vários desafios. A violência continua presente nos lares e se intensificou com a pandemia. Somente em 2020, uma em cada quatro mulheres declarou ter sido vítima de violência, uma média de oito mulheres agredidas por minuto.

Em Santa Catarina o registro também foi cruel. Somente em 2020, 57 mulheres foram assassinadas por crime de feminicídio. E de acordo com o Tribunal de Justiça Catarinense – TJ/SC, há 41.743 processos em andamento envolvendo violência doméstica contra a mulher - em número, essas ações só perdem para as relacionadas ao tráfico de drogas.

Com todos esses números duvidar de um crime feito contra a mulher que da nome a lei, é defender bandidos que já foram condenados pela justiça. É um desrespeito e uma afronta a todos os catarinenses e todas as mulheres brasileiras. Este parlamentar que pretendia “lacrar” em suas redes sociais, é o mesmo que diuturnamente tem atacado todos nós trabalhadores/as da educação. Tentou alimentar o fascismo desrespeitando os direitos humanos e agora está sendo enquadrado a respeitar as leis do nosso Brasil. A ele o nosso veemente repúdio!

Maria da Penha se faz necessário e render homenagens a esta mulher que foi cruelmente violentada e que dedicou a sua vida na busca de justiça pra ela e pra todas as brasileiras que sofrem com a violência dentro de seus lares.

O Sinte, sindicato que representa os/as trabalhadores/as da educação do estado e que tem grande maioria de mulheres em sua categoria, se soma a este coro de luta contra à violência doméstica na defesa de todas e reforçamos o nosso repúdio contra os agressores e incentivadores de violência contra as mulheres! Não passarão!

Fonte: Sinte SC

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