São Paulo – A vacina contra a covid-19 CoronaVac se mostrou segura e capaz de produzir anticorpos em crianças e adolescentes. É o que mostra o estudo anunciado ontem (22) pelo laboratório chinês Sinovac, que produz o imunizante contra o novo coronavírus, que no Brasil é distribuído pelo Instituto Butantan. Os dados foram apresentados pelo pesquisador Zeng Gang, durante uma conferência acadêmica em Pequim. Segundo ele, a vacina não apresentou reações graves e levou à produção de anticorpos em quantidades superiores às vistas nos adultos entre 18 e 59 anos. As informações são da agência Reuters.
Os testes ainda são preliminares (fases I e II) e não dizem respeito à eficácia da vacina, que só será conhecida nos testes clínicos da fase III. O estudo analisou 500 crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Doses mais baixas da vacina contra a covid-19 CoronaVac foram aplicadas nas crianças de 3 a 11 anos. Os adolescentes de 12 a 17 anos receberam doses médias. Uma parte dos voluntários recebeu placebo. Os efeitos colaterais mais comuns foram dor de cabeça, fadiga e febre. Apenas 2 crianças apresentaram febre alta como efeito colateral.
Ainda não há previsão para a realização dos estudos de fase III, quando vai se conhecer a eficácia da vacina contra a covid-19 CoronaVac em crianças e adolescentes. Em adultos entre 18 e 59 anos, a eficácia geral foi de 50,38%, nos testes realizados no Brasil. Além disso, entre as pessoas que ainda foram infectadas após a vacinação, 78% desenvolveram apenas sintomas muito leves. Nenhum do vacinados no estudo conduzido pelo Instituto Butantan, desenvolveu as formas graves da doença, nem necessitou de internação e, consequentemente, nenhum deles morreu.
Não prioritárias
As crianças e adolescentes não são consideradas grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19, devido à baixa letalidade do novo coronavírus nessa faixa etária. Em São Paulo, das 68.623 mortes pela covid-19 registradas até esta terça-feira (23), 0,2% ocorreram entre crianças e adolescentes.
Até hoje, 70 milhões de doses da vacina contra a covid-19 CoronaVac foram aplicadas no mundo. Não foram registradas reações graves ao imunizante até o momento. A Sinovac também está testando uma dose de reforço em um ensaio clínico realizado na China, com os participantes do estudo recebendo uma terceira dose do imunizante oito meses após receberem a segunda dose.
Fonte: RBA
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