terça-feira, 20 de julho de 2021

SINTE-SC: A Reforma da Previdência penaliza os servidores e servidoras


No lado de fora da Alesc centenas de servidores e servidoras em ato unificado protestavam nesta segunda (19/7) contra a Reforma da Previdência, no lado de dentro da casa legislativa, na Audiência Pública os representantes sindicais explicavam os ataques da reforma contra os trabalhadores, descontruindo as falácias de privilégios e de altos salários alardeados pela imprensa e pelo governo.

A reforma proposta pelo Governador Carlos Moisés busca alterar as regras de acesso à aposentadoria dos servidores estaduais. Uma reforma já foi feita em 2015 que aumentou a alíquota de 11 para 14%, seis anos depois e o governador apresenta um projeto que além de aumentar a alíquota em até 19%, ainda cobra o IPREV dos servidores já aposentados e aumenta a idade para acesso à aposentadoria.

Ocupando a tribuna, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Santa Catarina – SINTE/SC, Luiz Carlos Vieira, ressaltou que as mudanças da reforma afetam todos os servidores, mas de forma mais dura os já aposentados e as mulheres.

Para Vieira, o governo deveria de se preocupar com as desonerações concedidas as empresas milionárias de Santa Catarina, ao invés de taxar ainda mais imposto a professoras e aposentados.

“Cerca de 19% do orçamento do governo é destinado a empresas que não pagam impostos em Santa Catarina e algumas, nem emprego geram. Estes tributos que empresários milionários não pagam, poderiam ser investidos em educação, saúde, segurança e infraestrutura em Santa Catarina e não o salário da professora que dedicou sua vida na educação pública do estado”, salientou Vieira.

O coordenador do Sinte explicou o impacto da reforma para a categoria da educação e destacou que os parlamentares que concordarem com o projeto do governador Moisés, serão lembrados por todos os servidores/as e seus familiares.

Anna Julia Rodrigues que também é professora e presidenta da CUT-SC, destacou que a reforma da Previdência de Moisés, faz parte de um pacote de reformas no país que pretendem reduzir direitos dos trabalhadores e destruir o serviço público.

“Santa Catarina parece ser um laboratório de maldades que serve de modelo para as reformas nacionais, como a reforma trabalhista que prometeu gerar emprego e hoje vivemos exatamente o contrário, um dos maiores índices de desemprego e a diminuição do poder de compra de toda população”, para Anna Julia é simbólica a presença de representantes de entidades patronais e empresariais na tribuna da Audiência Pública debatendo sobre Reforma da Previdência dos Servidores estaduais, pois segundo Anna, Moisés cumpre o pagamento de uma promessa as classes empresariais para não sofre o impeachment.

A reforma tramita dentro de um calendário especial em conjunto nas comissões de Finanças e Tributação e de Trabalho, Administração e Serviço Público. A previsão da votação final em plenário do relatório é dia 4 de agosto, até lá o Sinte seguirá mobilizando e convoca a categoria para pressionar os deputados que votem contra a Reforma da Previdência, acesse e envie sua mensagem NA PRESSÃO CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA.


Fonte: Sinte-SC

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