domingo, 11 de julho de 2021

Duas doses de Pfizer ou AstraZeneca geram resposta imune contra variante Delta

Duas doses das vacinas da Pfizer ou da AstraZeneca geram resposta imune contra uma variante Delta em 95% dos pacientes vacinados, mesmo que ela seja capaz de escapar de alguns monoclonais de laboratório, conforme estudo publicado pela revista científica Nature.

Os cientistas franceses responsáveis ​​pela pesquisa, no entanto, indicam que a cepa é menos inibida em pessoas que já tiveram covid-19 e não receberam nenhum imunizante ou que receberam apenas uma dose de vacina.

De acordo com o estudo, as vacinas são de três a cinco vezes menos eficientes contra uma variante Delta em relação à Alfa, originária do Reino Unido. Isso porque, na visão dos pesquisadores, como mutações presentes na proteína, aproveitar pelo vírus para entrar nas células, da variante Delta, “modificam potencialmente uma ligação do vírus ao receptor da célula, permitindo que escape parcialmente da resposta do sistema imunológico”.

Uma análise do sangue de pacientes que se recuperaram, nos 12 meses anteriores, da covid-19 revelou que devem ser utilizados as quatro vezes maiores para neutralizar uma variante Delta em comparação com um Alfa. No entanto, quando vacinados, esses imparidade imunidade acima do limiar de neutralização da variante.

Além disso, uma única dose da vacina Pfizer ou da Astrazeneca foi pouco ou não eficaz contra as variantes Beta e Delta. Apenas 10% dos indivíduos que receberam somente uma injeção foram capazes de neutralizar a variante indiana após uma dose.

Os pesquisadores estudaram a reatividade de anticorpos e do soro sanguíneo de 103 pessoas com uma infecção anterior e de 59 indivíduos vacinados com uma ou duas doses. Os anticorpos monoclonais terapêuticos analisados foram o Bamlanivimab, o Etesevimab, o Casirivimab e o Imdevimab; dos quais, apenas o Bamlanivimab “perdeu atividade antiviral”.

A variante Delta já é a predominante em países como Índia – onde foi detectada pela primeira vez -, Grã-Bretanha e Portugal. Além disso, conforme o Instituto Pasteur, estima-se que, dentro de algumas semanas ou meses, será uma cepa maioritária em toda a Europa.


Fonte: Estadão
Foto: Agência Brasil Saúde

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