Arquivo/Agência Brasil |
Em 2030, 20% da população brasileira será formada por idosos. Para melhorar a qualidade de vida dessa parcela da população nos próximos anos, o Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (6), a Estratégia Nacional para o Envelhecimento Saudável. As diretrizes fornecem orientações aos profissionais de saúde para melhorar os atendimentos para aqueles que já passaram dos 60 anos.
O projeto com as orientações técnicas do cuidado com a pessoa idosa ficará disponível para consulta pública a partir desta terça-feira (7). Atualmente, a população com mais de 60 anos soma 29,3 milhões de pessoas, o que corresponde a 14,3% dos brasileiros. Desses, 30,1% precisam de ajuda para realizar as atividades de autocuidado.
Entre as novidades do documento estão a implementação do atendimento multidisciplinar que envolve testes clínicos, psicossocial e funcional. Com essa avaliação global, é possível fornecer o diagnóstico mais apropriado e indicar o tratamento mais adequado a cada caso.
Para corroborar com essa perspectiva de terapia específica, os profissionais da Atenção Básica devem analisar o quão independentes são os idosos para cuidar de si próprios, e seus estilos de vida, além de hábitos de saúde e histórico clínico.
A ideia é evitar o avanço de doenças crônicas, como excesso de peso, que atinge 63,5% das pessoas entre 60 e 69 anos; e obesidade, que acomete 23,1% dessa população. Os diabéticos nessa idade somam 25,1%, e os hipertensos são 57,1%. Tratar e prevenir essas doenças assegura a manutenção da autonomia desses idosos.
Caderneta de saúde
Nas mais de 41,6 mil unidades de Atenção Básica, os profissionais vão preencher a Caderneta da Pessoa Idosa, que será integrada ao prontuário eletrônico. Até o fim deste ano, 3,9 milhões cadernetas serão distribuídas nos municípios. Para o ano que vem, a previsão é de 1,5 milhão.
Desse modo, o envelhecimento passa a ser um dos temas prioritários para a pasta. Um dos objetivos é melhorar a sobrevida dos pacientes e evitar a prescrição de medicamentos desnecessários, reduzindo os custos para o sistema de saúde.
Um aplicativo gratuito para smartphones vai apoiar o trabalho dos profissionais de saúde a registrar essas informações.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Saúde
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