Um grupo de candidatos que prestou o concurso da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) irá ingressar na Justiça com um mandado de segurança pedindo a anulação da prova realizada no dia 11 de agosto.
A decisão foi tomada depois que, nesta semana, o Ministério Público do Estado (MP) indeferiu os pedidos de investigação para que fossem apuradas supostas irregularidades que teriam acontecido no concurso público para preenchimento de vagas de Praças da PM.
De acordo com a decisão do MP, o levantamento preliminar de dados e informações indicam inexistência de fatos ou irregularidades capazes de macular o princípio de tratamento isonômico entre todos os participantes do certame.
Impossibilidade de incursão nos critérios subjetivos de correção da prova de redação quando não vislumbra nenhuma ilegalidade ou inconstitucionalidade das regras definidas no respectivo edital”, sendo que ainda indicou-se o arquivamento.
A decisão revoltou muitos dos candidatos. “São mais de 200 denúncias. A própria capa do caderno de prova já trazia erros de ortografia. Além disso, várias questões indicavam as respostas no enunciado e sem falar nas notas da redação. Teve uma delas que continha 21 erros de ortografia e o candidato tirou nota máxima. Nos sentimos injustiçados, porque são muitos os indícios apontando que algo está errado” comentou uma das candidatas que não quer se identificar.
Outro candidato que também prefere não se expor se manifestou com indignação “A inscrição do concurso custou R$ 180, que é um valor elevado, visto que tem até quem esteja desempregado e deu jeito de fazer a prova. E tem a nossa dedicação, tempo de estudo enquanto pessoas que não estudaram podem estar se beneficiando” afirmou.
Os candidatos têm dez dias para ingressar com o mandando de segurança. A esperança é que a decisão possa ser revista e a prova seja anulada.
“Me sinto decepcionada por terem fechado os olhos para erros tão grotescos e que insistam em dizer que não ocorreram. Sinto como se tivessem me roubado um sonho. Sabia que a prova seria difícil e mergulhei de cabeça nos estudos porque quero muito ser policial e me chateia perceber que passaram por cima de todo mundo, para deixar isso dessa forma. Queremos que a justiça seja feita” concluiu outra das candidatas.
Fonte: Michel Teixeira
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