A Escola Agrícola Vinte e Cinco de
Maio desde o início de seu funcionamento constitui-se de um currículo voltado à
educação do campo, em que as crianças e jovens atendidos, além das disciplinas
do núcleo comum (currículo básico nacional), permanecem em tempo integral,
desenvolvendo técnicas e conhecimentos agropecuários. Onde o meio escolar qualifica
e fortalece as idéias de cooperação e auto-organização dos educandos, através
de um modelo que priorize os fundamentos da agroecologia.
Um dos princípios constantes no
Projeto Político Pedagógico da Escola entende agroecologia, não apenas como um
método de produção, mas como uma forma de “vida” e manutenção da terra, tendo
sempre como princípio a defesa da natureza e o respeito ao ser humano.
Sendo uma escola do campo, utiliza
o seu espaço territorial na tentativa de explicar a lógica capitalista para a
agricultura e para a vida. Pode-se experimentar a junção da teoria e prática
avaliando os processos acontecidos, tornando-se espaço irradiador de
conhecimentos socialmente úteis, ambientalmente sustentáveis, apresentando
alternativas para a vida no campo. Formando ao longo dos anos alunos no Curso
de Nível Médio Integrado a Educação Profissional.
|
|
No âmbito escolar no mês de maio
professores da Escola 25 de Maio tiveram seus trabalhos publicados pela
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Onde abordaram
assuntos sobre processos organizativos do curso técnico e os princípios
educativos realizado pelos professores Ariel Bonadiman e Gibrail Cordeiro tendo
como título Escola Vinte e Cinco de Maio e suas Experiências Pedagógicas e um
projeto de pesquisa sobre a produção do leite de maneira cooperada nos
assentamentos Vitória da Conquista e União da Vitória em Fraiburgo-SC e suas
relações na organicidade dos assentamentos realizada pela Professora Acione
Boaventura Goetten. Com isso a escola
estimula outros professores a se envolverem em atividades voltadas ao meio
escolar de acordo com a realidade da comunidade.
Calendário
Biodinâmico
A Escola de Educação Básica Vinte e cinco
de Maio, dentro da perspectiva de incentivo e fomento da agricultura
agroecológica tem o calendário biodinâmico como uma ferramenta de controle de
plantio visando o seu melhor desenvolvimento. Ele foi desenvolvido há mais de
50 anos pela agricultora e pesquisadora alemã Maria Thun. A produtora rural, em
seu campo experimental, iniciou uma pesquisa sobre a influência da época de
semeadura do rabanete no seu crescimento e desenvolvimento.
De acordo com pesquisadores, o calendário
biodinâmico é complexo e divide o ano em dias favoráveis e desfavoráveis para
os diferentes aspectos do trabalho agrícola. Estas divisões são definidas pelo
movimento da Lua, dos planetas e posição das constelações. Sendo assim, o
calendário está baseado na movimentação da Lua ao redor do planeta Terra, no
seu ciclo de 28 dias, e em sua passagem através das doze regiões do zodíaco. De
acordo com a pesquisadora, apesar de originarem-se das mesmas sementes e serem
submetidas ao mesmo manejo do solo, as plantas apresentavam diferenças
morfológicas e fisiológicas de acordo com a sua época de plantio.
ORIENTAÇÕES DE
CULTIVO NO MÊS DE JULHO DE 2018
|
||
Plantas a serem cultivadas
|
Dias a serem cultivadas
|
Observação a ser considerada
|
Raízes, tubérculos e bulbos
|
01, 09, 10, 18, 19, 20 e 28
|
Cebola, batata, cenoura...
|
Frutos e Sementes
|
08, 15, 16, 25 e 26.
|
Milho, tomate, abóbora...
|
Flores
|
02, 03, 12, 21, 22,30 e 31.
|
Rosas, girassóis, couve-flor....
|
Folhas e Caules
|
05, 06, 14, 23 e 24.
|
Verduras, Cana, pastagens...
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário