segunda-feira, 29 de abril de 2019

Mostra do Vinho Catarinense tem lançamento oficial na Assembleia Legislativa


Evento terá sua oitava edição entre os dias 17 e 
19 de maio, no município de Pinheiro Preto 



A Assembleia Legislativa sediou, na última quarta-feira (24), o lançamento da 8ª Mostra do Vinho Catarinense, em Pinheiro Preto. O evento, marcado para os dias 17, 18 e 19 de maio, reúne produtores do município, de Tangará, Videira e também convidados de diversas regiões produtoras. Pinheiro Preto, que ostenta o título de Capital Catarinense do Vinho, é responsável por 70% do vinho produzido em Santa Catarina.

“Isso é muito importante para a economia do município e do produtor, pois segura o jovem na agricultura e fomenta o comércio, além de atrair turistas para a cidade”, explicou o prefeito de Pinheiro Preto, Pedro Rabuske (MDB).

De acordo com o prefeito, cada vinicultor terá espaço para divulgar seu produto. “O turista também poderá conhecer os parreirais, como o vinho é produzido e engarrafado para chegar ao consumidor”, informou.

O deputado Padre Pedro Baldissera, que foi um dos criadores da Mostra junto de vitivinicultores do Vale do Rio do Peixe, da Cresol e das prefeituras da região, explica que o objetivo do evento é divulgar a produção dentro do Estado e mostrar a qualidade dos vinhos, sucos e espumantes catarinenses. “Nosso foco agora é criar oportunidades para o desenvolvimento do enoturismo e também de novos eventos que aproximem a população das famílias que atuam no setor há décadas”, afirmou. 

O parlamentar destacou a importância do projeto de crédito para renovação dos parreirais no Estado, que beneficiou dezenas de produtores e ampliará em 1 milhão de quilos a produção catarinense. “Nesse ano vamos buscar novamente este aporte e esperamos avançar ainda mais”, observou Padre Pedro.  

Diferencial

Para o produtor e enólogo Gilson Panceri, de Tangará, o objetivo do evento é mostrar o diferencial do vinho catarinense, que, na sua avaliação, não perde em qualidade para aqueles de outras regiões e países. Panceri defendeu uma conscientização dos catarinenses para a excelência do vinho produzido no Estado. “Se você vai ao Rio Grande do Sul, o consumidor de lá vai dizer que o vinho de Bento Gonçalves é o melhor; se for à Argentina, vão dizer que o melhor é de lá. Quando vem para Santa Catarina, o catarinense muitas vezes prefere um vinho chileno, um francês ou mesmo de outras regiões”, lamentou.

Segundo Panceri, Santa Catarina, por ser um Estado pequeno, possui características que favorecem a produção de uvas e vinhos. “Temos uma sazonalidade de produção que começa lá em dezembro, no extremo oeste, continua em fevereiro e março no meio oeste e, ainda hoje, praticamente cinco meses após começar a safra, ainda temos uvas sendo colhidas na Serra Catarinense. Isso ocasiona dentro dos vinhos um terroir, um aroma, um sabor todo específico do Estado que fora você não vai encontrar.”

Para o enólogo, os apreciadores de vinho de Santa Catarina precisam abrir mais espaço ao produto local. “Fazendo isso, ajuda nossa cadeia produtiva, porque nós produzimos com qualidade e precisamos que as pessoas consumam com mais frequência.”

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