A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC, foi criada pelo Decreto Lei 5.516 de 28/02/1979, sendo implantada a Gerência Regional de Caçador em 1993. Após a decisão do Governador do Estado, Carlos Moisés, de mudar a sede Regional para Videira, o Vereador Moacir D’Agostini, se manifestou para a permanência da CIDASC no município e realizou um resgate de tudo que a Companhia proporcionou para Caçador e região.
Com a criação da Regional CIDASC, foram agregados os municípios de Curitibanos, Santa Cecília, Frei Rogério, São Cristóvão Do Sul, Ponte Alta do Norte, Timbó Grande, Matos Costa, Calmon, Macieira, Rio das Antas e Lebon Régis.
“Inicialmente foi um período difícil de construção, pois não havia praticamente nada, mas o espírito guerreiro dos funcionários, do setor agropecuário da região, juntamente com a sociedade organizada, que entendendo a importância deste órgão para ajudar a impulsionar a economia da região, os problemas foram sendo solucionados e criando uma grande interação da companhia com a região”, destaca o Vereador.
Após um trabalho intenso e efetivo da CIDASC em todo o Estado, no ano 2000, foi determinada a paralisação da vacinação contra a Febre Aftosa e em 2007 o estado de SC, por meio da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) com sede em Paris – França, recebeu o certificado de área Livre de Febre Aftosa sem vacinação. Com isso, passou a ser o único Estado da Federação Brasileira a receber tal distinção, o qual permanece até os dias atuais. Vale ressaltar que o último foco de Febre Aftosa aconteceu em 1993, em um dos munícipios da Regional de Caçador.
Com a conquista deste certificado, e sendo SC um estado com status diferenciado dos estados limítrofes, foram criadas três importantes barreiras sanitárias na Regional de Caçador, operando por 24 horas nos 365 dias do ano, localizadas nos municípios de Macieira, Calmon e Matos Costa. “Este importante trabalho rendeu diversos dividendos, com isso foi conquistado, com a ajuda de todos os funcionários, principalmente dos auxiliares agropecuários (barreiristas), enfrentar uma doença tão agressiva nos rebanhos de bovinos, bubalinos, suínos, ovinos e caprinos, e com isso abrir novos mercados para os produtos catarinenses mundo afora, ressaltando que além do exponencial crescimento em outros setores, vale ressaltar que em 2019 aumentou aproximadamente 53% a exportação de carne suína no estado”, afirma o Vereador.
A regional de Caçador faz parte de todo este processo com uma vigilância ativa e severa por parte de Médicos Veterinários, Engenheiros Agrônomos, técnicos Agrícolas, Auxiliares Agropecuários, funcionários administrativos e todos os colaboradores.
No ano de 2000 foi inaugurada uma nova Regional com amplas e modernas salas para assumir todas essas responsabilidades e melhorar o atendimento aos agropecuaristas da região. A sede da Regional, atualmente conta com uma área construída de 350 m² com garagem coberta para 15 veículos e amplo estacionamento em um terreno próprio com aproximadamente 3000 m2.
Os agropecuaristas da região começaram a investir no setor. Além de entrepostos de carnes e outros tantos investimentos, com o apoio da Prefeitura de Caçador, foi construído às margens da SC 135, no trecho entre Caçador e a cidade de Rio das Antas, um abatedouro de bovinos e suínos em funcionamento, e outro em construção ás margens da SC 350 no Distrito de Taquara Verde, pertencente ao município de Caçador, sendo este, um dos mais modernos do Estado, os dois com Inspeção Estadual da CIDASC. A região conta com mais um abatedouro no município de Santa Cecília com Inspeção Federal.
“Com a vigilância sanitária agropecuária intensificada na região, os eventos agropecuários tornaram-se mais frequentes e rentáveis. Um exemplo é o Parque de Exposições de Curitibanos, o qual, a estrutura é referência para todo o Estado. Já na cidade de Caçador foi construído um moderno Centro de Eventos Agropecuários onde são realizados diversos leilões que movimentam a economia da região”, enfatiza Moacir.
Os investimentos não ficam somente nessa área, no setor de aves e suínos os municípios de Caçador, Calmon, Curitibanos e Rio das Antas, que fazem parte da Regional de Caçador, se destacam com a presença de dois matrizeiros integrados da BRF, que alojam juntos mais de 451 mil aves, com um quarentenário para recebimento de suínos vivos, uma central de inseminação de suínos que aloja em torno de 70 machos reprodutores de alta genética, além de diversas Granjas de Reprodutores de Suínos Certificadas (GRSC) que trabalham com material genético de ponta, destacando-se a Granja Taquara Verde pertencente ao grupo Carboni, Granja Santa Cecília pertencente grupo Coopercampos e a Granja Master VIII, pertencente ao grupo Master. Todos esses empreendimentos importantíssimos para a economia do estado e fiscalizados e certificados pela equipe da CIDASC da Regional de Caçador.
“Diante dos dados e das conquistas acima mencionadas, solicitamos a permanência desta regional da CIDASC no município de Caçador para continuar o ótimo trabalho de fiscalização no uso de agrotóxicos, na qualidade de sementes e mudas e manter o status de área livre de doenças tanto da área animal quanto vegetal, contribuindo para garantir a qualidade dos alimentos aos consumidores em todo o estado de Santa Catarina e aos importadores de nossos produtos, com isso, continuar gerando emprego e renda numa região tão empreendedora”, finaliza o Vereador Moacir D’Agostini.
Atividades da CIDASC
Nas atividades exercidas durante este período, destacam-se algumas, sendo elas:
– Anemia Infecciosa Equina – Doença presente no estado, sendo sacrificados nos últimos anos mais de 150 animais na regional;
– Doença Vesicular (suspeita Febre Aftosa) – A regional atendeu o 1º caso de doença vesicular em suínos, ocorrida em 2018 em um estabelecimento de Inspeção Federal SIF. Doença a qual se disseminou para maior parte do estado;
– Atualmente a regional realiza a fiscalização de dois abatedouros frigoríficos, sendo que um deles está construindo nova instalação. Conta também com um frigorífico com Serviço de Inspeção Federal;
– Combate ao trânsito de animais clandestinos, (bovídeos) sendo sacrificados em torno de 70 bovinos, 5 bubalinos, 1 ovino e 76 caprinos sem procedência; visando a manutenção do status sanitário de Estado Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação;
– O departamento emite em torno de 1000 Certificados de Inspeção sanitária- CIS-e anualmente. Como exemplo, o documento necessário para o transporte de subprodutos de origem animal como couro;
– Conta também com nove Granjas de Reprodutores Suínos Certificados – GRSC, um quarentenário para alojamento de animais oriundos de fora do estado, nove núcleos de matrizes de aves de corte – linhas puras, 150 propriedades de suínos corte integradas com agroindústria, aproximadamente 120 propriedades integradas com aves de corte;
– Os eventos agropecuários realizados na Regional, tem grande demanda devido alto número de animais envolvidos, sendo eles: leilões, rodeios, cavalgadas, feiras, exposições entre outros. O número de eventos constantes no calendário oficial 2019 é de 48 pré autorizados, além dos solicitados diretamente na Regional;
– Construção das estruturas físicas das três barreiras sanitárias da Regional, as quais encontravam-se em situação deplorável. Sendo que no ano de 2018, as mesmas realizaram 1492 fiscalizações de animais; 7435 fiscalizações de produtos e 2622 fiscalizações de cargas sem intersse agropecuário;
– Exportação de bovinos – 170 animais;
– Fiscalização de trânsito, umas das maiores apreensão do Estado de carne bovina clandestina 56 mil quilos;
– Área Vegetal – Permissão de Trânsito Vegetal, Fiscalização de armazenamento e comércio de agrotóxicos, Programa de Alimento sem riscos em conjunto com o MP e análise de resíduos de agrotóxicos, programa de Fiscalização e Controle de Sementes e Mudas, Programa de Monitoramento da Produção Orgânica.
Fonte: Jornal Extra
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