Desde o dia 9 de junho, a pandemia segue em escalada no Brasil, enquanto o presidente da República
segue promovendo aglomerações sem utilizar máscara - Arquivo/Agência Brasil
O Brasil chegou nesta terça-feira (22) a 18.054.653 de infectados pela covid-19 desde o início do surto, depois de registrar 87.882 casos em 24 horas. Trata-se de uma forte alta no dia, confirmando tendência registrada nas últimas duas semanas de recrudescimento da pandemia no país. Em relação ao número de mortos, foram 2.131 no último período, totalizando 504.717 desde março de 2020.
Desde o dia 9 de junho, a pandemia segue em escalada no Brasil. A média de novos casos diários está em 74.490, patamar só superado pela última semana de março deste ano. A média diária de mortes segue a mesma tendência e, desde o dia 13 deste mês, está acima de 2.000.
A piora na pandemia tem relação, de acordo com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com a ausência de medidas mais rigorosas para estimular o isolamento social e a falta de ações orquestradas nacionalmente para combater a propagação da doença.
Os números da pandemia no Brasil nesta terça-feira / Conass
Efeitos colaterais
Perda de amigos e familiares, ausência forçada de convívio social, medo, incertezas quanto ao que virá depois são sentimentos que afetam a vida das pessoas. Um estudo do Observatório das Residências em Saúde da Fiocruz Pernambuco tenta identificar o impacto dessas pressões entre futuros médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde.
Alteração no sono, mudanças de humor e alteração no consumo de medicamentos ou outras substâncias foram algumas condições relatadas por 791 participantes da pesquisa. “O objetivo do estudo foi identificar as condições de saúde e de trabalho desses profissionais”, diz o relatório.
A saúde mental é um dos pontos mais negligenciados em meio à pandemia de covid-19, apontam especialistas. Mas não questões práticas do dia a dia ainda chocam os pesquisadores. Por exemplo, chama atenção nos resultados obtidos a precariedade nas medidas de proteção.
“Mais de um ano após o início da pandemia, 13,53% dos residentes disseram não ter água e sabão no local de trabalho”, diz o estudo. “Reconhecida e amplamente divulgada como ação fundamental para prevenção de contaminação pelo coronavírus, não ter como lavar as mãos é algo inadmissível em qualquer estabelecimento de saúde”, constata a análise.
Fonte: Brasil de Fato
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