Manifestantes realizaram um ato de repúdio contra as internações forçadas de dependentes químicos na manhã desta segunda-feira (21), na região da Cracolândia, no centro de São Paulo. O programa começou a ser implantado no mesmo dia, com sede no Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod). Diariamente, juízes e promotores ficarão de plantão para atender os casos de pacientes encaminhados para internação involuntária.
A medida do governo do Estado foi oficializada no último dia 11. A ação começa com cinquenta agentes percorrendo a região do centro para avaliar quais são os dependentes em maior situação de risco. O juiz poderá determinar internação imediata àqueles que se negarem a receber tratamento, depois de uma avaliação médica atestar que não possuem domínio da própria saúde e da condição física.
Os dependentes ainda poderão ser conduzidos para avaliação através do pedido de familiares.
A operação é questionada por especialistas e movimentos sociais. Para o Conselho Federal de Psicologia, em texto divulgado no site do órgão, “usar a internação compulsória como medida emergencial para tratamento de drogas revela a falta de cuidado, de atenção à saúde dos usuários, além de reafirmar a falha do Estado na criação e aplicação de políticas públicas.”
fonte: Radioagência NP, Daniele Silveira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário