sexta-feira, 20 de abril de 2018

União Europeia confirma embargo as exportações de frigoríficos da região

Santa Catarina tem três frigoríficos que estão proibidos de exportar frango para a União Europeia (UE), todos da BRF: Chapecó, Capinzal e Concórdia, no Oeste. O bloco econômico anunciou nesta quinta-feira (19) o embargo. O G1 aguarda posicionamento da BRF em relação à proibição.
Essas três unidades já haviam parado a exportação para a UE por causa de uma interrupção feita pelo Ministério da Agricultura em março.


Prejuízos em SC
O prejuízo de Santa Catarina com o embargo a esses três unidades durante a interrupção feita pelo Ministério da Agricultura chega a US$ 9 milhões, conforme o governo estadual.
A Secretaria de Agricultura estima que o estado tenha deixado de exportar ao menos três mil toneladas neste período.
Os consumidores, no entanto, ainda não sentiram mudanças nos preços dos produtos. No último mês, o valor da carne de frango não teve reajustes expressivos. Ainda há promoções, por exemplo, de coxa e sobrecoxa por menos de R$ 3,70 o quilo. O valor é igual ao aplicado antes do embargo.
O governo do estado informou que trabalha na prevenção da salmonela na avicultura para o fim das restrições. Enquanto isso, representantes dos produtores de aves do Oeste catarinense têm feito reuniões para tratar da possibilidade de as agroindústrias reduzirem a produção.
Férias coletivas
No frigorífico de Capinzal, a BRF a anunciou no final de março férias coletivas para os trabalhadores a partir do dia 7 de maio. A medida valerá por 30 dias e afeta mais de 3 mil funcionários da linha de abate de aves. Os outros setores da BRF de Capinzal, assim como as unidades de Chapecó e Concórdia, deverão continuar funcionando normalmente.
Controle de qualidade
A decisão aprovada por um comitê da comissão europeia, em Bruxelas, na Bélgica, é final e começa a valer 15 dias depois da publicação.
O motivo do embargo, segundo o comitê, é a deficiência no sistema de controle de qualidade de carne destes frigoríficos.
A pressão europeia sobre o setor vem desde março de 2017, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Carne Fraca e aumentou em março de 2018, quando foi descoberto um suposto esquema entre laboratórios e frigoríficos para fraudar laudos de testes de qualidade.

Fonte: G1

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