A categoria avaliou como insuficiente a proposta apresentada pelo Executivo Municipal em relação a pauta de reivindicações dos servidores. Cesar Souza Junior, prefeito de Florianópolis, propôs 5% de reposição salarial parcelado em duas vezes, reajuste de 3,57% no vale alimentação, o que aumentaria apenas 50 centavos por dia nos vales dos servidores. Outras cláusulas como o projeto de lei do PCCS (Plano de Cargos e Carreiras do Quadro Civil), Lei do Piso Nacional do Magistério e condições de trabalho não foram atendidos pelo prefeito ou pouco avançaram.
Com isso, a direção do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis – Sintrasem, convocou uma assembleia na Praça Tancredo Neves e por unanimidade a categoria rejeitou a proposta apresentada pelo Executivo. A presidente do Sintrasem, Rosangela Soldatelli destacou que a greve foi a última saída dos servidores, visto o retorno negativo do prefeito. “Quem nos colocou em greve foi o prefeito Cesar Souza Junior que não apresentou uma proposta decente aos servidores municipais. Greve não é brincadeira e quando entramos nela é para sair com vitória aos trabalhadores”, salientou Rosangela, que tem como expectativa buscar uma mesa de negociação, já no dia sete de maio.
Bandeiras de lutas nas ruas de Floripa - Após a deflagração de greve por tempo indeterminado, os mais de cinco mil servidores que participavam da assembleia, seguiram em caminhada até o centro administrativo da Prefeitura Municipal de Florianópolis para entregar o aviso de greve ao prefeito Cesar Souza Junior. “Com esse governo, pautado na política de estado mínimo, nós não ganharemos nada sem luta”, destaca Renê Munaro, diretor do Sintrasem e vice-presidente da CUT-SC.
Na caminhada que encheu as ruas de Florianópolis, os servidores demonstraram que a luta não é somente pelo reajuste salarial, mas uma luta por garantia de direitos à toda classe trabalhadora. Bandeiras e faixas com as frases “Não à meritocracia”, “Retirar direitos é crime”, “Contra a criminalização dos movimentos sociais” e “Condições dignas de trabalho”, foram balançadas e apresentadas à população que seguia pelas ruas do Centro da capital.
O diretor do Sintrasem e Secretario de Relações do Trabalho, Alex Sandro Batista dos Santos explicou também que a paralisação dos servidores municipais é por melhores condições de atendimento a toda população florianopolitana. “Queremos creches, escolas e postos de saúde com melhores condições para atender a população, por isso um dos nossos pontos na pauta de reivindicação é contratação de mais profissionais e concurso público para diferentes áreas”, afirmou Alex.
Prefeito não valoriza o trabalhador - O prefeito Cesar Souza Junior, que na sua campanha eleitoral disse que os servidores eram a prata da casa, não vem tratado os trabalhadores do município com o seu devido valor. Florianópolis é uma das cidades com maior custo de vida e tem um dos mais altos índices do PIB de Santa Catarina. A prefeitura também tem batido recorde de arrecadação nos últimos anos, somente no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) aumentou de 104 milhões em 2012, para 147 no ano passado e com expectativa de arrecadação de 226 milhões em 2014. “Este aumento da arrecadação não esta sendo revertido para a população, não vemos melhorias na saúde e na educação e muito menos na valorização dos servidores municipais”, destaca Renê.
fonte:Cut -Sílvia Medeiros/CUT-SC
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