quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Padre Pedro pede mais investimento em saúde preventiva e práticas integrativas



Deputado defendeu necessidade de mais recursos,
mas com mudanças no modelo de saúde do País



Na esteira dos debates sobre o não cumprimento, em 2017, da Emenda que obriga o Governo do Estado a repassar 13% dos recursos à saúde, o deputado Padre Pedro Baldissera questionou também o modelo de atendimento em Santa Catarina e no BrasilNo último ano o Estado aplicou 12,6%, o que representa menos R$ 60,2 milhões em hospitais, medicamentos e serviços de saúde. Até 2019, o percentual deve alcançar 15% do orçamento.

“É claro que o aumento nos recursos é urgente e essencial, mas precisamos ir além e debater modelo. Se não investirmos em prevenção e em práticas integrativas, nossa sociedade seguirá doente e não haverá recursos que cubram estas despesas”, alertou Padre Pedro. O deputado destacou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam o aumento na qualidade de vida e a redução dos custos nos tratamentos de saúde com investimentos, por exemplo, em saneamento básico. Para cada 1 dólar investido, são economizados 4,3.

Padre Pedro ainda lembrou as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e o projeto iniciado em 2005, no governo do presidente Lula, que disponibilizou medicamentos para doenças crônicas, melhorando as condições de vida dos pacientes e reduzindo a demanda dos hospitais. “Vários países já adotaram a prevenção como regra, no entanto, o melhor exemplo ainda vem de Cuba, considerado modelo no mundo. A população vive mais e com qualidade de vida. A média e alta complexidade entram em cena nos casos em que são exigidas, e não como estratégia de atendimento”, observou.
O parlamentar ainda lembrou a necessidade de trabalhar questões como a importância da alimentação saudável, entre outros aspectos, desde as séries iniciais da vida escolar, além de um trabalho massivo de redução do uso de agrotóxicos no País. “O veneno não é prejudicial para a natureza somente, ele leva milhares de pessoas à doença e à morte e não vemos o País adotando medidas que contenham o consumo de agrotóxicos”, destacou.


Ampliação de recursos é necessária
O parlamentar, no entanto, reforçou a necessidade de aumento nos recursos, e como exemplo citou a situação vivida pelos pacientes de câncer no Extremo Oeste do Estado. “Temos famílias se deslocando para Chapecó, para Florianópolis, para o Paraná. Tudo porque não há recursos na região para atender. Isso mostra uma deficiência grave que compromete a vida de milhares de pessoas”, disse.

Esta situação, conforme o parlamentar, leva à sobrecarga das unidades hospitalares, muitas delas sem estrutura e recursos para suprir a demanda. “Estamos criando um ciclo de tragédias pela falta de investimento. O Estado gasta mais, os municípios gastam mais, as famílias gastam mais e os pacientes sofrem mais, seja pelo atendimento distante ou pela demora nos encaminhamentos”, complementou.

Assessoria de Comunicação

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