Depois de um grande agito na mídia, sobretudo nas redes sociais, onde quase 300 pessoas confirmam participação no evento, neste sábado (08), ocorre a 1ª edição da Marcha das Vadias de Santa Cruz do Sul. A iniciativa é de um coletivo de mulheres.
Conforme Célia Zingler, uma das organizadoras do ato público, a expectativa é que a atividade seja um sucesso. “Em todos os lugares, as pessoas estão nos parabenizando pela ideia e, mais do que isso, apoiando”, comentou. Célia argumentou ainda que o movimento – cujo mote central é evitar o machismo e a violência contra as mulheres – tem inúmeras razões para acontecer em Santa Cruz do Sul. “Os números no Vale do Rio Pardo são alarmantes. No Rio Grande do Sul, 96 mulheres foram assinadas em 2012 por seus companheiros, os chamados crimes passionais. Ou seja, não podemos mais assistir a esse feminicídio caladas”.
A Marcha das Vadias surgiu de num protesto realizado em abril de 2011, em Toronto, no Canadá. Depois de uma série de casos de abuso sexual contra mulheres estudantes da Universidade de Toronto, um policial se manifestou publicamente dizendo que se as mulheres não se vestissem como “vadias”, elas não seriam vítimas. A primeira manifestação levou mais de três mil pessoas às ruas de uma das mais famosas cidades canadenses. O movimento se internacionalizou e já ocorreu em diversas partes do mundo. Porto Alegre foi palco, há poucos dias, da segunda edição. Santa Maria e Pelotas também já realizaram.
Em Santa Cruz do Sul, a Praça Getúlio Vargas sediará o início das atividades, marcadas para as 9 horas. "Estaremos lançando uma campanha de coleta de sapatos de mulheres assassinadas e vítimas de violência. O objetivo é manter visível a violência contra as mulheres em mostras itinerantes. A seguir, haverá uma caminhada contra o machismo e a violência. Homens e mulheres devem se conscientizarem desta causa”, convocou Célia.
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Fonte: Patrícia Regina Schuster
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