terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Democracia e sua Representatividade



A democracia tem seu âmbito de representatividade com a escolha de seus representantes através do voto, no poder legislativo e executivo. Com esse artigo pretendemos passar pelo pressuposto de compreendermos o funcionamento das formas de democracia liberal e socialista.

A democracia no liberalismo se manifesta na liberdade dos indivíduos em relação ao Estado na organização da sociedade civil e política com a participação direta na formação das leis constituída através da participação dos representantes da sociedade. O Estado liberal reconhece e garante o direito da liberdade de pensamento, religião, imprensa, reuniões e decisões decididas em assembléias.

Em comparação com a Democracia socialista escrita por Marx, foi à revolução das relações econômicas, não apenas das relações políticas que muda as relações de democracia liberal com a socialista é o modo de compreender o processo de democratização do Estado. Para o socialismo a democratização parte de dois modos, através da participação popular, em que as decisões políticas e econômicas passa pelo o aparelho estatal. A sociedade civil, e sua autogestão do Estado que são organizadas por movimentos da sociedade civil e a passagem do autogoverno para autogestão. 

Nesse sentido as democracias vão ser por excelência a participação da sociedade civil, ou seja, por sua representação escolhida pelo povo, como no Brasil que é de quatro anos com reeleição para mais quatros anos.

Esse modo de democracia interfere nas escolhas dos nossos representantes públicos. Em seu livro A democracia na América de Alexis de Tocqueville, ele escreve que nos Estados Unidos os representantes têm que ficar atento com seus eleitores para poder se eleger como deputado na próxima eleição como cita Tocqueville, “Num país democrático, como o Estados Unidos, o deputado quase nunca tem influência duradoura sobre o espírito de seus eleitores. Por menor que seja um corpo eleitoral, a instabilidade democrática faz que ele mude sem cessar de fisionomia. É necessário, portanto, cativá-lo todos os dias. O deputado nunca esta seguro quanto seus eleitores; e, se estes o abandonam ficam sem recursos”. Nesse sentido os deputados têm que trabalhar e exercer um mandato qualitativo e com transparência para manter seus eleitores e conquistar outros se não acontecer um mandato quantitativo e qualitativo nas próximas eleições acaba ficando sem recursos para a campanha com pouca possibilidade de se eleger. 

Com os três poderes que o Estado possui o legislativo, executivo e judiciário que poderia cumprir com as leis não faz o seu papel como deveria ser o que se vê é um desconforto em pensar que o judiciário tem as provas e não coloca o Eduardo Cunha na prisão e o legislativo com menos da metade da casa entra com um processo de cassação e a maioria faz de conta que não aconteceu nada e deixa o deputado prosseguir como presidente da câmera. 

É possível perceber que nos últimos anos a Policia Federal vem agindo e colocando alguns parlamentares e empresários na prisão e essas reflexões têm suas influências nos municípios com os afastamentos e cassações de determinados prefeitos mais nunca prendem os grandes dragões brancos.  

O Brasil vem passando por uma crise devida falta de investimentos nas estruturas do Estado e por traz disso á outros interesses econômicos. A crise econômica, que o Brasil passa tem sua parcela em uma crise mundial em conjunto com outras instituições da sociedade. 

O que podemos fazer nesse momento é trabalhar gerar conhecimento e contribuir com a nossa cidade e região na geração de propostas econômica e social. Mas se ficarmos de braços cruzados esperando que o Estado nos proporcione uma educação de qualidade, saúde, segurança e geração de renda é utópico se não partirmos por uma organização da sociedade civil. 



por Wilson Luis Corrêa, Sociólogo.

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