Foto:Vagner Fernandes do Nascimento no banco dos réus
Foi formado por volta das 9h20min desta sexta-feira (26) o Tribunal do Júri que vai julgar o jardineiro Vagner Fernandes do Nascimento, acusado pela morte da jovem Mariane Telles, 17 anos. Dos sete jurados sorteados, apenas dois são homens. Atua na acusação o promotor de justiça Protásio Campos Neto, auxiliado pelo advogado Daniel Meira. Na defesa o advogado Álvaro Xavier.
O juiz Marcio Umberto Bragaglia iniciou a sessão pedindo a leitura da denúncia, oferecida pelo ministério Público. Nela, o promotor Protásio Campos Neto afirma que o jardineiro matou Mariane por asfixia no dia 16 de março de 2015 nas dependências do Senai de Joaçaba, onde a vítima era estagiária.
Vagner é acusado de ter levado Mariane até depósito com o pretexto de comerem sementes de girassol, quando na verdade tinha intenção de praticar sexo com a vítima. Lá fechou a porta, derrubou a adolescente e se debruçou sobre ela, tirando parte de suas roupas. Ainda conforme a denúncia, ao perceber que Mariane iria gritar, o jardineiro apanhou um torniquete, confeccionado por ele com fio de nylon, e passou em seu pescoço até que a jovem desfaleceu.
Em seguida colocou o corpo em um carrinho de mão, cobriu com um tapete vermelho e levou até um matagal, aos fundos da instituição. Depois apanhou seus pertences e foi lanchar com a esposa, que também trabalhava no Senai. Após o intervalo, por volta das 15h, o denunciado colocou o corpo em seu veículo e levou até a Linha São João do Jacutinga, interior de Jaborá, onde cobriu com arbustos e enterrou os pertences.
Após surgirem provas e as constantes contradições em seus depoimentos, o jardineiro foi preso e apresentado pela polícia como autor do crime no dia 15 de maio de 2015.
O promotor quer a pena máxima pelo homicídio triplamente qualificado, e acusa o jardineiro de ter estuprado a vítima antes de mata-la. Já o advogado de defesa, Álvaro Xavier, disse que espera uma pena justa e alega que a acusação de estupro necessitaria de uma prova mais concreta. “Não viemos buscar absolvição, e não queremos um linchamento moral”.
Com camisetas estampadas com o rosto de Mariane, os familiares acompanham com apreensão a sessão do júri.
Caco da Rosa
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