segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

SC: Sessão Especial aborda tema da Campanha da Fraternidade


Uma sessão especial, na próxima terça-feira (23), às 19h, na Assembleia Legislativa, coloca em pauta o tema da Campanha da Fraternidade 2016, “Casa Comum, nossa responsabilidade”. Conforme o deputado Padre Pedro Baldissera, que solicitou a realização da Sessão, a temática do saneamento básico, principal enfoque dado à Campanha no Brasil, é um problema atual que envolve não só questões ambientais, mas uma dimensão social: as periferias e regiões pobres das cidades são as que mais sofrem pela falta de infraestrutura de saneamento.

“A questão do cuidado com o mundo, nossa ‘casa comum’, aborda muitas das ideias apresentadas pelo Papa Francisco na Encíclica Verde, publicada em agosto. E acredito que os debates vão neste caminho, de que o problema ambiental também alcança aspectos sociais, tecnológicos e de relações econômicas”, explica Padre Pedro.

O professor doutor Daniel Silva, da UFSC, é um dos convidados da Sessão. O pesquisador atua nas áreas de Engenharia Sanitária e Ambiental, com ênfase em Gestão de Bacias Hidrográficas, Planejamento dos Recursos Hídricos e Governança da Água e do Território, incluindo história ambiental e educação ambiental.



Lema

O lema desta Campanha da Fraternidade é “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24). O objetivo principal será chamar atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos.




Uma das grandes novidades desta edição da campanha ecumênica é a participação da Misereor, entidade episcopal da Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina. A colaboração acontece em vista do desejo dos organizadores em transpor as fronteiras Pela quarta vez a Campanha da Fraternidade é realizada de forma ecumênica.




Dados

O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos, o controle de meios transmissores de doenças e a drenagem de águas pluviais são medidas necessárias para que todas as pessoas possam ter saúde e vida dignas. Por isso, há que se ter em mente que “justiça ambiental” é parte integrante da “justiça social”.




Estudos estimam que morre uma criança a cada 3 minutos por não ter acesso a água potável, por falta de redes de esgoto e por falta de higiene. Em 2013, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram notificadas mais de 340 mil internações por infecções gastrointestinais no país. Se 100% da população tivesse acesso à coleta de esgotos sanitários haveria uma redução em termos absolutos de 74,6 mil internações.


Os últimos dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico – base 2013) mostram que pouco mais de 82% da população brasileira têm acesso à água tratada. Mais de 100 milhões de pessoas no país ainda não possuem coleta de esgotos e apenas 39% destes esgotos são tratados, sendo despejados diariamente o equivalente a mais de 5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza.

assessoria de comunicação do Gabinete

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