"Se o projeto é disseminar ainda mais o vírus, o presidente, a Conmebol e a CBF
estão fazendo o seu melhor e devem ganhar de goleada" - Foto: Lucas Figueiredo/CBF
A Argentina, antiga sede, com mais de 80 mil mortos e 3,9 milhões de infectados pela Covid-19, desistiu da Copa Covidão da América 2021. A Colômbia, com 91 mil mortes e 3,5 milhões de casos, e fortes protestos políticos, também desistiu. Mas o vírus comemorou bastante quando foi confirmada a nova sede num tal de Brasil, o pior país no combate à pandemia na América do Sul, com 473 mil mortes (e aumentando a cada dia), 16,9 milhões de infectados e vacinação atrasada.
Nenhum lugar melhor para que possa se reproduzir tranquilamente. As sedes já foram escolhidas, serão dez times distribuídos por Mato Grosso, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Goiás. Três sedes no Centro-Oeste, de forte eleitorado bolsonarista e pertinho para que o presidente possa assistir às partidas e, se quiser, aglomerar mais um pouquinho e ajudar a disseminar o vírus. A outra sede é daquele estado cujo governador, que tomou posse no lugar de outro cassado, também reza pela cartilha bolsonarista.
Sobre os argumentos de que todos serão vacinados, que virão “apenas” 65 pessoas por delegação e que serão adotados os mesmos procedimentos dos outros campeonatos, vale recordar que virão jogadores que atuam em todas as partes do mundo, facilitando a viagem de novas cepas, a contaminação que acontece até hoje em times brasileiros, apesar dos protocolos.
Para quem acredita que jogadores vão se cuidar, é bom lembrar do agora aparente titular da seleção brasileira, Gabigol, flagrado numa casa de jogos clandestina em plena pandemia. E outros jogadores que participaram de festas e aglomerações. Se o projeto é disseminar ainda mais o vírus, o presidente, a Conmebol e a CBF estão fazendo o seu melhor e devem ganhar de goleada.
Fonte: BdF Paraná
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