A Fecesc – Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina realiza desde quarta-feira (24) até hoje (sexta-feira 26) seu 12º Congresso Estadual no Sesc Pousada Rural em Lages. O encontro, que reúne cerca de 200 dirigentes e convidados dos 25 sindicatos filiados à federação, contou com a presença do presidente nacional da CUT Vagner Freitas, do secretário nacional de comunicação do PT Paulo Frateschi e do secretário adjunto de organização da CUT, o catarinense Valeir Ertle.
Segundo o presidente da FECESC Francisco Alano, o 12º Congresso tem como meta fazer um balanço do planejamento para 20 anos - feito em 2007, repactuando possíveis falhas e redefinindo as ações em busca de um país ainda melhor. “Sairemos deste encontro com a definição das ações que serão implementadas pelos comerciários de Santa Catarina para contribuir na construção de um Brasil ainda mais inclusivo, com mais oportunidade para todos e com ainda mais qualidade de vida. A pergunta que nos norteará será: o que faremos nos próximos quatro anos para ajudar o Brasil a continuar mudando para melhor?”, declarou Alano.
O presidente nacional da CUT, ao fazer uma análise da conjuntura nacional, ressaltou a pauta de reivindicação da classe trabalhadora entregue ao Governo Federal e ao Congresso em março. A agenda tem entre seus eixos a defesa da redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, a luta pelo fim do fator previdenciário, a correção da tabela do Imposto de Renda, a destinação de 10% do PIB para a educação e o combate ao PL 4330/2004, do deputado federal Sandro Mabel (PL-GO), que amplia a terceirização e precariza ainda mais os direitos dos trabalhadores. “No dia 1º de maio aproveitaremos as comemorações cutistas para defender a manutenção e ampliação de nossos direitos. Iremos ainda divulgar dois projetos de lei de iniciativa popular elaborados pela central em conjunto com movimentos sociais. Um deles é a proposta de um novo marco regulatório para as comunicações no país, que deve ser apresentado antes do feriado. Outro pede uma reforma política”, salientou Freitas.
Outro desafio da CUT para o próximo ano é a campanha de filiação que também será lançada no dia 1º de maio. Segundo o secretário adjunto de organização da CUT a meta nacional é atingir 1 milhão de filiados. Em Santa Catarina o objetivo é passar dos atuais 20.333 para 23 mil filiados. “Para que possamos atingir estes números, o apoio da Fecesc - e de seus sindicatos filiados, é fundamental. Quanto mais trabalhadores sindicalizados, mais fortes seremos”, lembrou Ertle.
O primeiro dia de encontro encerrou com um debate que contou com a presença do secretário nacional do PT Paulo Frateschi. Segundo ele, assim como mudou o perfil do trabalhador brasileiro, é preciso que o país reveja e avance sobre o seu modelo produtivo. “A classe trabalhadora ascendeu de faixa de renda, agora precisamos fazer um debate mais ideológico sobre o modelo produtivo nacional. Não é só produzir, mas o que produzir para suprir essa nova realidade nacional, garantindo e ampliando os direitos dos trabalhadores”, afirmou.
O Congresso segue até sexta-feira com grupos temáticos de debate e com a eleição da nova diretoria da Fecesc.
Jornalista Juliana Claudio (Mtb:02789/SC)/FECESC
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