quinta-feira, 25 de abril de 2013

Primeira ovelha proveniente de inseminação artificial nasce em Vargeão

Mais um grande avanço em genética e qualidade de produção na agricultura de Vargeão foi registrado na última semana. Um projeto piloto e inédito, iniciado ainda em 2012 pela administração, está sendo destaque.
Filhote ganhou 900 gramas em apenas 48 horas após nascimento (Fotos: Assessoria)


O prefeito Amarildo Paglia e secretário de Agricultura da época, Adair Zape, apostaram na ideia e investiram na qualificação e aperfeiçoamento de um funcionário para oferecer o serviço em Vargeão. Vitor Lesse, inseminador contratado pela Prefeitura, participou em julho de 2012, em Jabuticabal (SP), do curso de Iseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF).

Após retornar do treinamento, o profissional buscou ainda muitas informações e iniciou o processo de inseminação. Com planejamento e interesse em melhorar a genética do rebanho ovino em Vargeão, este serviço passou definitivamente a ser oferecido para os produtores do município.

Segundo Vitor, o processo de inseminação em ovinos é um pouco diferente do de bovinos. Neste caso, o processo de estro (cio) é induzido. O inseminador introduz uma esponja com hormônios na vagina da ovelha, deixando-a por 12 dias. Depois são injetados mais alguns hormônios que irão facilitar a ovulação e consequentemente a isso, em aproximadamente 50 horas, a ovelha entra no cio, possibilitando a inseminação. “O processo não é tão fácil, mas o resultado vai valer muito à pena”, diz o inseminador.

Os semens utilizados na inseminação são das raças Poll Dorset, que é mais indicado para a produção e criação de fêmeas, e Dorper, indicada para a criação de ovinos para o corte, cuja linhagem pode alcançar até 54% de carcaça, podendo ser abatida em até 120 dias, rendendo cerca de 25 quilos de carne.

Com este sistema de inseminação os ovinos poderão produzir até duas vezes por ano. O processo de gestação demora cinco meses e, dependendo o caso, devido à reposição hormonal, as ovelhas poderão parir até três carneiros por gestação.

O resultado deste primeiro trabalho realizado em Vargeão veio na semana passada, na propriedade do senhor Valdenir Sbruzzi, na comunidade de Linha Santo Antônio. Nesta primeira experiência, apenas um filhote macho nasceu e em apenas 48 horas o borrego ganhou 900 gramas de peso. “Acredita-se que o processo de crescimento do filhote seja bem mais rápido do que os nascidos pelo método natural, principalmente pelo fato de se eliminar o fator consanguinidade, que se torna muito frequente nos cruzamentos”, explica Vitor.

Os interessados em utilizar a técnica podem procurar a Secretaria de Agricultura de Vargeão. O serviço é oferecido da mesma forma que a inseminação em bovinos, com o produtor contribuindo na aquisição do sêmen e a administração realizando o trabalho gratuitamente.

fonte Oestemais

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