Nesta segunda feira (5), a partir das 19h, acontece na Assembleia Legislativa de Santa Catarina uma sessão especial que debaterá o tema daCampanha da Fraternidade (CF) 2018, “Fraternidade e Superação da Violência”. A atividade foi proposta pelo deputado Padre Pedro Baldissera, em conjunto com a Regional Sul4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A Campanha deste ano propõe uma reflexão aprofundada sobre as raízes da violência e a necessidade da promoção de uma cultura da paz, da reconciliação e da justiça, como caminho para a segurança pública no Brasil.
Na avaliação do deputado Padre Pedro, a sociedade brasileira tem o desafio de avançar no combate à cultura da violência, que já se enraizou nas estruturas sociais.
“Outra questão fundamental, abordada por quem estuda a segurança pública brasileira, é como o crescimento da desigualdade contribui para o aumento da violência. E esta questão é central na Campanha da Fraternidade deste ano: o combate à violência e a criação de uma cultura de paz dependem, fundamentalmente, do combate à desigualdade”, destaca Padre Pedro.
Todos os bispos do Regional Sul4 da CNBB já confirmaram presença, assim como pesquisadores nas áreas de educação, segurança pública e saúde. Além disso, são esperados representantes de diversas comunidades, especialmente da Grande Florianópolis.
Avanço da desigualdade
Um ponto já abordado nos debates iniciais da Campanha da Fraternidade é a influência das medidas de austeridade no agravamento da violência urbana no Brasil. Segundo Padre Pedro, diversos setores viram com preocupação a Emenda Constitucional que congelou investimentos em saúde, educação e políticas sociais por 20 anos. “Esta medida, que veio com a aprovação da PEC 95, amplia a desigualdade e o contexto de empobrecimento da população. Isso é combustível para a violência”, observa o parlamentar.
Violência doméstica e contra a juventude em pauta
Outras questões que também aparecem como temas fundamentais nesta Campanha da Fraternidade são a violência contra a população indígena, a juventude e a violência doméstica.
No caso da violência doméstica, a questão é grave. O Brasil figura entre os países com maior número de agressões e assassinatos de mulheres, em todo mundo. Santa Catarina têm cinco municípios na lista das 100 cidades com maior índice de feminicídios.
Assessoria de Comunicação
Nenhum comentário:
Postar um comentário