O corte no fornecimento de água em Caçador tem irritado moradores de diversos bairros. A falta sempre foi uma constante, entretanto ficou acentuada durante o período de estiagem, relacionado a um fenômeno atípico nas variações climáticas. Porém outro dado histórico acaba sendo um agravante nessa situação, cerca de 45% da água tratada pela Casan é perdida.
De acordo com Rodrigo Junior Crepaldi, chefe da agência de Caçador, o índice de perdas com vazamentos na cidade, fica 50% acima do registrado em outros municípios. “O mesmo é considerado alto, comparado com outros municípios, sendo que o ideal seria na faixa de 30%”, explica Crepaldi.
Conforme Francisco Schicovski, morador do Bairro Bello, um vazamento denunciado por ele na semana passada, permanece até hoje (17) aberto e desperdiçando água. “Já cansei de ligar na Casan ninguém vem resolver, vão esperar cair as paredes da minha casa pra depois vir alguém?”.
A água atingiu parte da sua residência, localizada na Rua Curitiba, que agora corre o risco de desmoronar. “Passa debaixo do asfalto, mas a água penetrou por dentro do terreno, já tive que quebrar o piso pra não entrar dentro de casa”.
Ainda segundo Schicovski, a última promessa do reparo foi na quinta-feira passada (13).“Dizeram o dia inteiro: - Já estamos indo, mas não vieram. - Falaram que iam fechar o trânsito para consertar, ficou só na conversa”, conta o morador.
A falta de água atinge principalmente os bairros São Cristovão, Martelo e Morada do Sol. O motivo parece estar ligado à deficiência no sistema de reservatórios, nos vazamentos subterrâneos ou mesmo na captação residencial sem a utilização de hidrômetro.
A Companhia de Águas e Saneamento de Santa Catarina contabiliza como perdas de faturamento, a diferença entre o volume de água disponibilizado e o volume utilizado. Todavia o aumento no custo operacional atinge indiretamente o bolso do consumidor, já que aumenta os custos da empresa. A companhia catarinense chega a atingir perdas, bem acima da média nacional em empresas municipais, por exemplo, que é de 25%, e da média internacional, de 10%.
Fonte: Diário Caçadorense/Imagem: Casan
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