quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Fábrica da BMW em Santa Catarina será inaugurada em setembro; Série 3 turbo flex será primeiro nacional

reprodução/divulgação


A partir de setembro deste ano, a BMW deixará de ser mera importadora de veículos no Brasil. Neste mês que a marca bávara vai inaugurar a fábrica em construção em Araquari, Santa Catarina. Lá serão produzidos até 32 mil carros por ano, e o primeiro a sair da linha catarinense está definido: será o Série 3, sedã de luxo que, no fim de 2013, estreou o primeiro motor turbo flex do mundo.

A notícia foi dada pelo presidente da filial brasileira, Arturo Piñeiro.

— Começaremos com o 320i e, a cada três ou quatro meses, teremos um novo modelo sendo incorporado à linha da fábrica. Todos os BMWnacionais usarão motor flex e, se trouxermos outras motorizações, estas também serão bicombustíveis. Não faz mais sentido trazer versões a gasolina.

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Em encontro com jornalistas em São Paulo nesta terça-feira (19), o executivo falou dos planos da BMW, que seguem focados no projeto da fábrica brasileira — a primeira da América Latina. Piñeiro confirmou que, além do Série 3, o hatch Série 1, o crossover X1 e os jipinhos X3 eMini Countryman serão os cinco "nacionais" da marca. Para o chefão da montadora, a produção de modelos de luxo no País vai mudar sensivelmente a indústria nacional.

— O Inovar Auto [novo regime automotivo brasileiro] vai proporcionar uma melhora substancial nos veículos produzidos no País, especialmente com a vinda das marcas premium. Isso é muito positivo para o mercado, que sofrerá impacto com a entrada dessas fabricantes. Algumas montadoras terão de mudar o posicionamento de certos produtos. Estamos pressionando o nicho de mercado situado na faixa dos R$ 100 mil.

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Sobre a fábrica de Araquari (SC), Piñeiro afirmou que está sendo feito um trabalho intenso de treinamento dos futuros operários da unidade, para que a qualidade dos nacionais sejá exatamente a mesma dos importados.

— Montamos um centro de formação em Joinville que tem uma linha exatamente igual à da fábrica. Começamos os trabalhos neste início de ano, lá desenvolvemos as pessoas, fazemos testes com situações reais. Se não fôssemos capazes de produzir com a mesma qualidade da Alemanha e de outros países, nós nem viríamos para cá.

O preço do premium

Ao ser questionado sobre a manutenção dos preços dos modelos após a nacionalização, o executivo defendeu o posicionamento das montadoras, argumentando que os custos embutidos são diferenciais de produto.

— Se pagam muitas coisas em um carro premium além do conteúdo. Tem motores, desenvolvimento de tecnologias, qualidade de monta, um produto diferenciado no geral. A melhor forma de convencer um cliente a comprar um carro premium é na hora do test drive. Essas diferenças são perceptível.

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O executivo falou ainda do i3, hatch 100% elétrico que será lançado nos próximos meses. Sem preço definido, o modelo será o primeiro carro à venda no Brasil unicamente movido a eletricidade.

— O carro elétrico nunca será opção definitiva ao carro a combustão, é uma alternativa, assim como os híbridos e os movidos a diesel. A pessoa que comprar um i3 ganhará um kit de abastecimento para instalar em casa. Estamos estudando possíveis parcerias com estabelecimentos como shoppings, aeroportos e estacionamentos. Fora do Brasil, há uma plataforma estrutural e uma política que favorecem esse tipo de carro. Ainda estamos discutindo o preço, mas posso adiantar que será proporcional ao restante da nossa linha de produtos.

fonte:R7

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