As pautas ligadas ao setor elétrico receberam destaque na agenda política brasileira em 2012. Para o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em um balanço do ano, o principal tema da conjuntura nacional foi justamente a energia.
A organização defendeu como bandeiras a renovação das concessões do setor elétrico, contra as privatizações e pela redução do preço da tarifa de energia, como explica o coordenador nacional do MAB, Gilberto Cervinski.
“Porque renovar as concessões significava que essa energia que não foi privatizada nos anos de 1990, e que os contratos acabavam agora, que todos esses 30% em usinas e linhas de transmissão estariam nas mãos de empresas estatais.”
Para Cervinski foi positiva a proposta do governo federal que definiu a renovação das concessões casada a um plano de redução de tarifas que chegaria a 20%.
Porém, o coordenador critica as empresas que não aderiram à medida, que foram a CEMIG, de Minas Gerais; a COPEL, do Paraná; e a CESP, de São Paulo. As três estão em governos estaduais comandados pelo PSDB. Somados os lucros dessas concessionárias em 2011, a cifra foi de quase R$ 4 bilhões.
“Porque essas empresas, mesmo que elas sejam estatais, cerca de 70% é controlado por acionistas privados. Se renovasse as concessões, o governo federal impôs uma redução na tarifa, isso significa que a tarifa que eles vendem hoje a cerca de R$ 90 teriam que passar a entregar a energia a R$ 10 o Megawatt. E, por isso, que esses governos não aceitaram renovar, para continuar ganhando muito dinheiro e remetendo lucros aos seus acionistas.”
O MAB enfatiza que as lutas contra a privatização do setor elétrico e pela redução da tarifa continuam em 2013.
fonte: Radioagência NP, Vivian Fernandes.
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