Presidente da Assembleia Legislativa, Joares Ponticelli (PP), e Oscar Schmidt
falam com a imprensa em Rio do Sul. Foto: Lucas Diniz/Agência AL
A determinação de buscar a vitória, de buscar a perfeição dentro das quadras sempre foi uma característica de Oscar Schmidt. O maior jogador de basquete do Brasil, quer, agora, ser o maior palestrante do país. E, para isso, resume seu objetivo duas palavras: treinamento e determinação.
“É muito bom ser elogiado, ser reconhecido. Quem não gosta? Mas eu sempre quero melhorar. Quero ser o melhor palestrante do Brasil. Esse é o meu objetivo e eu vou conseguir”, afirma.
Oscar está em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, onde, na noite desta quinta-feira (15), abriu o ciclo de palestras de Programa Encontros com a Assembleia. À tarde, ele recebeu a imprensa em um hotel da cidade, acompanhado do presidente do Parlamento catarinense, Joares Ponticelli (PP).
Durante pouco mais de 30 minutos, o ex-atleta falou sobre vários assuntos. De política a basquete, passando por religião, família e o problema de saúde que enfrenta há alguns meses: a presença de tumores malignos no cérebro.
“Depois que eu recebi a bênção do papa Francisco, estou curado”, afirmou Oscar, logo no início da entrevista, referindo-se ao encontro que teve com o pontífice, no mês passado, no Rio de Janeiro. “É o primeiro argentino humilde que eu vi na vida”, brincou.
Política
Oscar concordou com as manifestações que levaram milhões de brasileiros às ruas em junho. Para ele, foram protestos legítimos, espontâneos, que mostraram o quanto o brasileiro está insatisfeito com seus representantes.
“Quem gosta do Brasil, tem que estar feliz com esse momento”, resumiu. “A maioria dos políticos não pensa no Brasil, a maioria pensa só na carreira. O povo precisa de políticos que pensem no Brasil. E a pior coisa para os políticos é ver o povo na rua”.
O Mão Santa tentou entrar para a política em 1998, quando se candidatou ao Senado pelo Estado de São Paulo. Mas a experiência o decepcionou. O ex-atleta que sonhava ser presidente da República não conseguiu a vaga em Brasília. “Fiquei triste com a derrota. Vi muita coisa ruim, que não gostei. Vi que a política não é lugar pra mim. Recebi muitos convites depois disso, mas para mim a política acabou”.
Basquete e cinema
O esporte que transformou Oscar num dos atletas mais admirados do Brasil também foi tema da entrevista. Com convicção, o Mão Santa afirmou que a seleção masculina tem grandes chances de conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. “O ouro será difícil, mas o Brasil vai brigar pela prata ou pelo bronze. Pelo que jogou na Olimpíada de Londres, no ano passado, já merecia ter conquistado uma medalha”.
Oscar relembrou um momento marcante de sua trajetória na seleção: a partida contra a então União Soviética, na Olimpíada de Seul, em 1988, em que o Brasil foi derrotado pelos soviéticos e perdeu a oportunidade de brigar por uma medalha. Aquele que é o maior feito do basquete masculino brasileiro também foi lembrado: vitória sobre a seleção dos EUA, em Indianápolis, em 1987. Essa conquista será tema de um filme, um docudrama, dividido em três capítulos. O responsável pela produção é o filho de Oscar, Felipe.
Ao ser questionado sobre qual a receita para ser bem sucedido dentro e fora das quadras, o Mão Santa foi categórico: “Treinamento. O treinamento é importante em qualquer atividade que você faça na sua vida.
Interiorização
O deputado Joares Ponticelli ressaltou a importância de ter Oscar na abertura do Programa Encontros com a Assembleia, que pretende levar o Parlamento catarinense para o interior do estado, com a realização de palestras proferidas por personalidades brasileiras em várias áreas, como o esporte, a cultura, a saúde e a comunicação.
“Para nós, ter o Oscar inaugurando esse projeto é motivo de muita alegria”, resumiu o presidente do Legislativo. “As vagas para a palestra se esgotaram em poucas horas. Nunca nenhum evento da Assembleia teve uma resposta tão positiva e rápida”.
fonte:ALESC/AL
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