quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Jovens da PJR do Brasil firmam unidade Política e Militante


Encontro realizado entre jovens da Pastoral da Juventude Rural (PJR) de diferentes estados do país, ainda em outubro, sugere unidade política e militante concreta com a luta dos povos, inclusive, falou-se na necessidade de aproximação entre os estados e suas realidades para fortalecer o enfrentamento contra a Direita Fascista Brasileira 



Fortalecer a unidade de luta da Pastoral da Juventude Rural (PJR) nacionalmente, foi tema de reunião realizada paralelamente ao Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em São Bernardo do Campo\SP, ainda no mês de outubro. Aproximadamente 75 jovens dos estados do Sergipe, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina, se reuniram para discutir e partilhar as movimentações da PJR nos estados brasileiros.

Conforme o militante da PJR de Santa Catarina, Tayson Bedin, é necessário considerar a importância da juventude na contribuição do debate do campesinato e a articulação da PJR com a Via Campesina em cada região. Ele destacou a relevância da participação dos jovens durante o Congresso Nacional do MPA. “A presença da PJR neste Congresso foi notória nos grupos de discussão e ampla participação nas filas do povo, espaço onde as pessoas da plenária contribuem nas discussões das mesas de debate, sempre atentas nas discussões e fortalecendo a proposta do Plano Camponês para a juventude camponesa”.

Bedin reforça que em uma breve análise, durante a reunião a juventude da PJR trouxe presente a importância de fortalecer a unidade política junto a outras organizações para contrapor as pautas conservadoras. “A necessidade da construção do feminismo pelas organizações de esquerda, a luta contra o extermínio da juventude e a construção da agroecologia em aliança com as organizações urbanas é necessária para a construção de mecanismo para enfrentamento às políticas do agronegócio”, defendeu ele, salientando a presença de militantes da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular (Apafec), na reunião.

Nas falas realizadas sobre a realidade de cada estado, percebe-se que os jovens segundo Bedin, possuem unidade nas pautas, o que de acordo com ele, é essencial para a luta contra a Direita Fascista Brasileira. “A análise da conjuntura política brasileira está refletida nas bases da PJR como um todo. A agroecologia vinculada ao debate do campesinato enquanto classe social e o feminismo caminham juntos à teologia da libertação. Portanto a participação da PJR na Via Campesina em cada região acontece atrelada a esta luta”.

Unidade política 

Fazer a defesa da agroecologia e garantir a unidade pelos direitos históricos das populações não é fácil. Bedin explica que se faz necessário reunir as organizações e buscar coerência política e militante. “A unidade política da juventude camponesa da PJR, a mística de enfrentamento ao agronegócio e a construção de uma nova igreja que de fato viva o evangelho cristão, continua viva Brasil adentro e a indignação diante das injustiças e a tentativa descarada de mais um Golpe de Estado da Direita no país também se mantém”. 

Bedin reforça a identidade criada no Oeste Catarinense a partir da aliança entre a Pastoral da Juventude Rural (PJR), Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Associação Paulo Freire de Educação e Cultura Popular (Apafec). Segundo ele, essa unidade garante maior força e defesa entre as organizações, experiência que também se concretiza em outros estados do país. 



Participação no Congresso

A unidade na luta política também levou a juventude da PJR, PJMP, Apafec, junto a outras juventudes de organizações distintas a participarem do I Congresso Nacional do MPA, bem como, o seu posicionamento perante o governo e as lutas sociais. “Ficou claro o ponto de vista da juventude da PJR presente na recepção da Presidenta Dilma e do ex-presidente Lula: Queremos que esse governo esteja do lado dos pobres, não mais dos empresários internacionais, exigimos a demarcação das terras indígenas, sem genocídio pelos ruralistas, uma Petrobrás estatal e autônoma com seus recursos investidos na soberania da população brasileira, fim da mineração predatória e privatizada, desmilitarização da Polícia Militar e fim do extermínio da juventude empobrecida”, finalizou.

Texto e Foto: Claudia Weinman
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