quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Padre Pedro aponta problemas ambientais e socias decorrentes da construção de barragens



O deputado estadual Padre Pedro Baldissera (PT) apontou, ontem (18), durante manifestação no Plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, para os inúmeros problemas decorrentes da construção de barragens no Brasil. “Vivemos num século em que temos que avançar na produção de energia, é importante e estratégico, mas temos que buscar outras formas de geração”, salientou. Padre Pedro tem se confrontado em inúmeras situações, sobre problemas em várias regiões do Estado, como problemas ambientais e o desrespeito com as famílias que vivem nas áreas que serão alagadas.

Em muitos casos, conforme o parlamentar, as barragens iniciam antes da obtenção das licenças exigidas e necessárias. “Infelizmente o poder econômico domina e mandam iniciar os empreendimentos. E aí acontecem catástrofes como em Mariana (MG), porque não há controle”, comentou.

Segundo o deputado, uma barragem em Campos Novos foi denunciada porque a fundação dos alicerces era mal feita e colocava em risco milhares de famílias que viviam nos arredores. “Tiveram que corrigir o erro e nesse tempo colocaram em risco as famílias, em nome do capital e da exploração”, disse Padre Pedro. O parlamentar ponderou que, às vezes, centenas de famílias que vivem na região das barragens são expropriadas de suas terras, do seu ganha-pão, sem indenização. E quando recebem algum dinheiro, isso ocorre injustamente, pois o valor não permite sequer que iniciem uma nova vida.

Padre Pedro afirma que muitas destas famílias são obrigadas, como acontece agora na Usina de São Roque e como aconteceu na Usina de Garibaldi, a “levantar as trouxas e se mandar” porque a água invade residências e estruturas produtivas. “É um desrespeito enorme com as famílias que vivem lá há 60, 70, 100 anos, que construíram suas raízes, tem sua cultura, sua vida naquela terra”, afirmou.

O deputado não vê os governos federal, estadual e municipal se encaminharem soluções para este problema. “Não se dá saídas para elas poderem continuar sua vida, sua caminhada. Sem contar com a questão dos impactos ambientais que estas usinas provocam. Muda-se totalmente o clima naquelas regiões”, complementou. (assessoria de imprensa)
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