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O deputado Padre Pedro Baldissera (PT/SC) disse ontem (30), na tribuna da Assembleia Legislativa, que no atual momento em que vivemos, de profunda crise política, econômica e institucional, qualquer solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e se desvia do caminho da justiça. Com base no conteúdo da carta divulgada pela Conferência Nacional dos Bispos (CNBB), Padre Pedro defendeu o diálogo, o entendimento e o respeito a cada um.
Segundo o deputado, a Carta retoma a si uma afirmação do Papa Francisco que diz que “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião a uma intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos”.
Para Padre Pedro, a crise tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, que são os pilares para a vida e organização da sociedade. “A busca de respostas pede discernimento, com serenidade e responsabilidade”, salientou. Para ele, a superação deste momento passa pela recusa de toda e qualquer corrupção, pelo incremento do desenvolvimento sustentável e pelo diálogo que resulte num compromisso entre os responsáveis pela administração dos poderes do Estado e a sociedade.
“A Carta afirma de que é inadmissível alimentar a crise econômica com a atual crise política. O Congresso Nacional e os partidos têm o dever ético de favorecer e fortificar a governabilidade”, afirmou. Padre Pedro considerou que este é um dos grandes desafios postos ao Congresso Nacional, pois não bastam simplesmente as denúncias, é importante que se investigue, se apure e aqueles que devem que paguem. “O Congresso Nacional e todos os partidos políticos que o compõe têm o dever ético de favorecer e fortificar a governabilidade”, disse.
O deputado defendeu que as suspeitas de corrupção sejam rigorosamente apuradas e julgadas pelas instâncias competentes, a fim de garantir a transparência e retomar o clima de credibilidade nacional. “Também as instituições formadoras de opinião da sociedade têm papel importante na retomada do desenvolvimento, da justiça e da paz.”
Por fim, Padre Pedro concluiu que o momento atual não é de acirrar ânimos, mas de buscar o exercício do diálogo à exaustão, entre todas as esferas, para que se possa de uma forma altamente democrática buscar alternativas e saídas para a situação atual. “Acima de tudo precisamos garantir o Estado democrático de direito ao qual com muito suor e dificuldade, luta e empenho, a sociedade conquistou”, afirmou.
Assessoria de comunicação
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