Dos 16.500 profissionais brasileiros que se inscreveram no “Mais Médicos”, apenas 938 confirmaram a entrada no programa. Número de vagas preenchidas corresponde apenas a 6% da demanda do país.
Somente 6% dos profissionais que haviam se cadastrado inicialmente no “Mais Médicos” assinaram o termo de compromisso de participação. No total, foram 16.500 médicos inscritos, mas apenas 938 confirmaram a entrada no programa.
A lista dos médicos brasileiros que confirmaram a participação na primeira chamada foi divulgada pelo Ministério da Saúde (MS) na terça-feira (6). A maioria dos médicos (51,8%) atuará nas periferias de capitais e regiões metropolitanas e os 48,1% restantes em municípios do interior de alta vulnerabilidade social, totalizando 404 cidades atendidas nesta chamada.
O que mais chama atenção é o número de vagas preenchidas, que corresponde apenas a 6% da demanda do país.
Na última segunda-feira (5), a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que dos locais escolhidos pelos candidatos brasileiros ninguém optou pelos 700 municípios que não possuem médicos. Para a ministra, a situação confirma a necessidade de abertura do programa para médicos estrangeiros.
“Acabou quase que confirmando aquilo que a gente já tinha plena consciência de que nós não temos médicos em números suficientes, inclusive, com a disposição necessária para estar atuando em todos os locais, todos os municípios, todos os bairros e periferias das grandes cidades.”
A vinda de médicos estrangeiros enfrenta resistência de entidades como o Conselho Federal de Medicina. O médico brasileiro formado em Cuba Augusto César acredita que a postura está relacionada ao perfil elitista dos cursos de formação.
“Quem entra hoje na universidade pública para fazer medicina? É quem tem dinheiro para fazer um bom cursinho ou estudou o tempo todo numa escola particular. Essas são as maiorias.”
fonte: Radioagência NP/foto Agência Brasil
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