quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Santa Catarina perto de mais uma certificação internacional

imagem ilustrativa/reprodução internet

Boa notícia para os suinocultores catarinenses. A Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) aprovou o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul como zona livre de peste suína clássica (PSC). A confirmação foi dada ao secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, pelo diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Henrique Marques, no final da tarde desta terça-feira (24).

A Comissão Científica recomendou que os dois estados sejam reconhecidos internacionalmente como zona livre de PSC durante a 83ª Assembleia Geral da OIE, que será realizada em maio de 2015 em Paris, na França. Esta é a primeira vez que os países ou áreas dentro de países serão certificados pela OIE como livres da doença e isso poderá ser um diferencial na conquista de novos mercados para a carne suína.

O secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, ressalta que o reconhecimento internacional irá engrandecer ainda mais o agronegócio catarinense. “Esta é uma conquista muito importante. Ela demonstra o esforço em manter os nossos produtos entre os melhores do mundo e também poderá favorecer a abertura de novos mercados”. Sopelsa lembra que o estado realiza controle sanitário muito eficiente através da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), com a fundamental participação dos criadores e entidades ligadas ao setor.

Hoje Santa Catarina mantém um rigoroso controle das doenças animais e é reconhecida como área livre de febre aftosa sem vacinação, livre de peste suína clássica e africana, enquanto as demais enfermidades estão controladas. O estado é o maior produtor e exportador nacional de carne suína, conta com 10 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes e produz anualmente cerca de 850 mil toneladas de carne suína.

Com um rebanho efetivo estimado em 7,9 milhões de cabeças, Santa Catarina é responsável por aproximadamente 35% das exportações brasileiras. Em 2014, foram exportadas por Santa Catarina 159 mil toneladas de carne in natura, no valor de US$ 548 milhões. Além da carne in natura, foram exportados também miúdos, embutidos e outros produtos. Os principais destinos da carne suína catarinense foram Rússia, Hong Kong, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina.


Organização Mundial de Saúde Animal


A Organização Mundial de Saúde Animal foi criada em janeiro de 1924 para combater as enfermidades dos animais em nível mundial e atualmente conta com 178 países membros, dispõe de escritórios regionais em todos os continentes e mantém relações permanentes com 45 organizações internacionais. Um dos principais objetivos da Organização é garantir a transparência da situação sanitária no mundo, assim como a garantia da segurança sanitária no comércio mundial de animais e seus produtos, particularmente dos alimentos. As regras internacionais elaboradas pela OIE protegem os países contra enfermidades e são cumpridas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Atualmente a OIE certifica seis enfermidades, das quais o Brasil já obteve o reconhecimento como área livre de febre aftosa com vacinação para 23 estados, sem contar Santa Catarina que é o único estado brasileiro livre da doença sem vacinação; área livre da peste dos pequenos ruminantes e risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca). 

Assessoria de Imprensa

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