No Dia da Agroecologia, parlamentar destaca sucesso de
projetos agroecológicos da agricultura familiar e camponesa
O 3 de outubro marca, no Brasil e em Santa Catarina, o Dia da Agroecologia. No Estado, a Lei 16.166/2013, aprovada há quatro anos a partir de projeto apresentado pelo deputado Padre Pedro Baldissera, insere a data no calendário oficial do Estado, com o objetivo de abrir espaço ao debate sobre o modelo agroecológico e incentivar a realização de eventos que aproximem a sociedade catarinense da agroecologia, desde feiras até campanhas em escolas e universidades.
Lembrando a data, Padre Pedro destacou os avanços alcançados pelos projetos de agroecologia na agricultura familiar e o aumento, a cada ano, das pesquisas voltadas à produção de alimentos sem a utilização de agrotóxicos. “Há um entendimento por parte dos pesquisadores que, em razão da força da agricultura familiar em Santa Catarina, o Estado reúne as condições perfeitas para o avanço da agroecologia. Acredito que o caminho para subsistir e crescer, na agricultura camponesa, é a produção de alimentos livres de agrotóxicos”, defendeu o parlamentar, lembrando os benefícios do modelo tanto para quem produz quanto para quem consome os produtos. “Deixamos de envenenar as pessoas e o meio ambiente, e os ganhos para as famílias aumentam”, complementou.
O parlamentar ainda destacou a importância de utilizar datas como o Dia da Agroecologia para aprofundar as discussões sobre o tema e também apresentar as demandas do setor. Uma delas é a necessidade de ampliar a assistência técnica, pela Epagri e outros órgãos, voltada à transição das famílias para a produção orgânica. A questão é complexa porque envolve uma mudança cultural das famílias da agricultura, que ao longo de anos foram incentivadas a utilizar o pacote tecnológico de multinacionais produtoras de veneno.
Padre Pedro citou o projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS) como um dos exemplos de sucesso na área. Viabilizado na região Sul a partir da luta do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o PAIS consiste na construção de hortas circulares integradas com um aviário, área de pastagens para aves e um quintal agroecológico com espécies frutíferas. Para além do sistema, as famílias recebem materiais para a instalação de aquecedor solar de baixo custo. “Estive recentemente na Linha Chapéu, em Itapiranga, onde o PAIS envolveu mais 28 famílias da região. Ao todo são mais de 210 projetos de produção agroecológica e integrada, com placas solares de aquecimento de água, nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina”, destacou o parlamentar
8o Seminário Estadual de Agroecologia
O deputado também divulgou, no plenário da Assembleia Legislativa, o 8o Seminário Estadual de Agroecologia, que acontece em 26 e 27 de outubro no município de Santa Rosa de Lima, Capital Catarinense da Agroecologia. O evento é um dos maiores da região Sul e reúne expoentes brasileiros e estrangeiros, com oficinas e palestras ao longo de dois dias. As inscrições podem ser feitas no site www.agroecologiasrl.com.br.
Assessoria de Comunicação
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